Os alvos da ação são o vereador Antônio Edwaldo Dunga Costa (DEM), seu ex-assessor Cláudio César Pereira Cristal e o presidente da Casa, Rivael Papinha (PSB). O autor da denúncia é José Carlos Alves Cortegipe, que reuniu uma série de questionamentos feitos ao Legislativo sobre a atuação do funcionário e o sistema de registro de presença ao trabalho adotado pela Casa.
Cortegipe acusa Dunga de manter Cristal como uma espécie de “funcionário fantasma”, uma vez que, segundo o denunciante, o assessor parlamentar dificilmente apareceria para prestar serviços no gabinete do vereador. Para o denunciante, isso é uma afronta ao uso do dinheiro público, apesar de a Câmara ter a prerrogativa de que assessores tem as atividades controladas por seus parlamentares, sem obrigação expressa de permanecerem continuamente no Legislativo.
A denúncia formalizada ao MP, segundo Cortegipe, está sob os cuidados do promotor José Augusto Mustafá, que, após receber informações, decidirá se instaura algum tipo de procedimento para apurar eventuais responsabilidades de Dunga e Cláudio, enquanto vereador e Presidente da Câmara, e de Cristal, que teria deixado o cargo após uma série de conflitos com o parlamentar para quem trabalhava, conforme apurou a reportagem.
Se o caso despertar o interesse do MP, mediante indícios de ilegalidades, a situação pode se complicar para Dunga, que voltou a exercer mandato este ano após ficar duas legislaturas fora da Casa, onde foi presidente por um longo período. E também para Papinha, por uma eventual conivência com a possível ilegalidade. Os dois, mais o assessor, podem acabar respondendo, caso acolhida a denúncia, por improbidade administrativa (desonestidade com o dinheiro público).
fonte: Política e Mais