Evidentemente a sigla do governador João Dória não teve coragem de expulsar a prefeita da maior cidade da região. Mas o PSDB deixou claro que Tamiko não é bem vinda no grupo atual que controla o partido. Tudo porque o pré-candidato a prefeito Mário Celso é oposição à gestão andradinense e, principalmente, ao ex-prefeito Jamil Ono.
O imbróglio envolvendo o nome de Tamiko começou em novembro do ano passado, quando a prefeita entrou para o PSDB com direito a aprovação do próprio João Dória. Mas ela sempre foi considerado um nome fraco para as fileiras da sigla e o interesse era outro. O governador, que quer fazer a maior parte das prefeituras com a sigla na região, mirou em Jamil Ono ao convidar sua apadrinhada.
Nada saiu como o planejado, já que o ex-prefeito e atual pré-candidato, optou por se filiar no Podemos e frustrou os planos de Dória. Obviamente que, sem Jamil, o PSDB local correu para encontrar outro nome e garantiu Mário Celso como seu pré-candidato. O milionário empresário, no entanto, impôs uma condição: ser oposição ao modelo Jamil/Tamiko.
Mário Celso quer desfiliação de Tamiko
A notícia da desfiliação de Tamiko junto ao PSDB foi dado pelo jornal O Liberal e confirmado por fontes da A Região. Ademais, pessoas ligadas à sigla garantiram que o desejo é do próprio Mário Celso, que sente-se constrangido em fazer duras críticas à gestão da prefeita com ela nas fileiras da sigla.
Mas tanto o empresário quanto o PSDB local sabem que não é possível viabilizar uma candidatura se não for pelo caminho da oposição. Com Jamil se lançando a prefeito, é preciso contrapor ao trabalho feito por ele e sua apadrinhada, Tamiko Inoue. Diante disso, a pressão para a desfiliação dela está posta.
Mas Tamiko está resiliente e já informou que não pretende pedir a desfiliação neste momento. Ela já perdeu o tempo para mudar de partido, caso quisesse ser candidata em 2020, o que significa que ela deverá mesmo apoiar Jamil. No PSDB, entretanto, isso é fora de propósito.