Andradina: Como o narguilé colocou a Câmara em pé de guerra com Tamiko

Quarta, 20 Mai 2020 15:44

Quatro, cinco, seis jovens numa praça ouvindo música e consumindo o famigerado narguilé. Essa cena era muito mais comum do que muita gente imagina em praticamente todas as cidades do Estado de São Paulo. Evidentemente antes da quarentena em virtude da pandemia da Covid-19.

Muitas certamente aguardam o retorno deste tipo de atividade. Mas Andradina corre o risco de ficar de fora e isso está colocando a Câmara de vereadores e a prefeita Tamiko Inoue em pé de guerra.

Tudo começou em 2019, quando os vereadores do município aprovaram uma lei que proibia o uso do cachimbo de narguilé em locais públicos, de iniciativa do vereador José Augusto Rosa. Evidentemente foi um estratagema para proibir o consumo do produto, pois não é possível consumi-lo sem o cachimbo. Importante ressaltar, porém, que não existe nenhuma proibição em relação ao tema no restante do país.

Diante disso, o departamento jurídico da Prefeitura Municipal aconselhou a prefeita Tamiko a vetar o projeto aprovado pelos vereadores. Ademais, tratava-se de uma nova Lei que não é de competência do município fazer tal legislação, pois é de encargo do Estado ou do Governo Federal. Todavia, de nada adiantou porque os vereadores, no início de abril, derrubaram o veto de Tamiko.

Andradina: Tamiko pode vetar de novo

A Região apurou que Tamiko pode vetar o projeto novamente. Mas para isso, ela precisa acionar a justiça com uma ADIN – Ação Direta de Inconstitucionalidade – e brigar judicialmente contra a Câmara de vereadores para que a lei não entre em vigor, sobre a alegação de Constituição não permite. Obviamente, trata-se de uma briga que poderá azedar ainda mais a relação já tensa entre Executivo e Legislativo de Andradina.

A expectativa, porém, é de que o jurídico da Prefeitura entre com a Ação, tanto que em quase 30 dias, não publicou a lei. Para o especialista Diogo Vieira, a prefeitura está correta. “Não sabe ao município legislar sobre o tema e nem é uma questão de saúde pública, fosse, o projeto deveria ser de iniciativa da Vigilância Sanitária”, explicou o advogado.

Evidentemente, este parece ser mais um capítulo de uma intensa guerra entre Câmara de vereadores e Prefeitura. Ninguém sabe ao certo quem sairá vencedor.

 
FONTE: AREGIÃOONLINE

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