Pesquisa realizada pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios), divulgada ontem, 13, aponta crescimento no consumo de crack em dez municípios sul-mato-grossenses. Em Água Clara, Aral Moreira, Caarapó, Campo Grande, Coronel Sapucaia, Costa Rica, Itaquiraí, Paranaíba, São Gabriel do Oeste e Três Lagoas o índice de problemas relacionados ao crack, uma droga ilícita caracterizada como um subproduto da pasta da cocaína, é considerado grave.
De acordo com site de notícias Campo Grande News, um dos pontos levantados é a capilaridade do problema, que alcança pequenas e grandes cidades, mais próximas ou distantes de grandes polos ou mesmo da fronteira do país. Isso porque 87,3% dos Municípios pesquisados são localidades de pequeno porte — ou seja, possuem menos de 50 mil habitantes.
Nos municípios sul-mato-grossenses temos como agravante de localização geográfica. Por ser um estado que faz fronteira com Paraguai e Bolívia, é rota quase obrigatória do tráfico de drogas.
Dados de usuários de drogas nos Municípios são raros, como confirma o estudo do Observatório do Crack: apenas 22,45% dos pesquisados têm estimativas desse grupo. O baixo índice já era esperado, pois há uma falta de informatização dos sistemas e também entre as áreas que trabalham com a temática. Outra questão é que grande parte da população usuária de drogas é itinerante. Também existem relatos dos participantes da pesquisa sobre a dificuldade de acompanhamento desses indivíduos, que entram e saem da rede de atenção inúmeras vezes, em razão de recaídas.
FONTE: Campo Grande News