Em maio deste ano, a reportagem da Folha da Região já havia antecipado que a estatal estaria próxima de negociar a fábrica, que começou a ser construída em 2011, mas foi interrompida em dezembro de 2014.
A estimativa é a de que 81% já estejam prontos. Após concluída, a unidade terá capacidade projetada de produção de 3,6 mil toneladas por dia de ureia e de 2,2 mil toneladas por dia de amônia. A conclusão da Unidade será de responsabilidade do comprador.
De acordo com a agência de notícias, a compra deverá ser feita pela Yara Fertilizantes. A oferta da companhia, um dos principais players globais e do setor de fertilizantes no Brasil, foi selecionada como vencedora pela Petrobras, e o negócio agora precisa ser aprovado pelo Conselho de Administração da empresa, acrescentou uma das fontes.
O anúncio é esperado nas próximas semanas. Ao longo do processo de venda, houve interesse de pelo menos cinco companhias, sendo duas nacionais e três grupos estrangeiros, disseram à Reuters fontes a par do assunto.
A brasileira Unigel estava entre elas, como revelou a Reuters em abril. As fontes não especificaram o valor do negócio, mas o acordo deve ser inferior a 100 milhões de dólares, uma vez que a construção da unidade ainda precisa ser concluída.
Relançado este ano após um fracasso nas negociações com o grupo russo Acron, o processo de desinvestimento da fábrica é considerado mais um passo importante para o agronegócio brasileiro, pela potencial redução da dependência da importação de fertilizantes pelo país, hoje em torno de 85%.
A petroleira quer se desfazer do negócio, assim como tem feito em relação a outros ativos, para focar na exploração e produção de petróleo.
FONTE: FOLHA DA REGIÃO