Em Três Lagoas fábrica de fertilizantes abandonada pode ser vendida a grupo norueguês

Quarta, 28 Setembro 2022 03:03

A Unidade de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS) poderá ser vendida nas próximas semanas a um grupo da Noruega que já tem investimentos neste setor no Brasil. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters.

Em maio deste ano, a reportagem da Folha da Região já havia antecipado que a estatal estaria próxima de negociar a fábrica, que começou a ser construída em 2011, mas foi interrompida em dezembro de 2014.

A estimativa é a de que 81% já estejam prontos. Após concluída, a unidade terá capacidade projetada de produção de 3,6 mil toneladas por dia de ureia e de 2,2 mil toneladas por dia de amônia. A conclusão da Unidade será de responsabilidade do comprador.

De acordo com a agência de notícias, a compra deverá ser feita pela Yara Fertilizantes. A oferta da companhia, um dos principais players globais e do setor de fertilizantes no Brasil, foi selecionada como vencedora pela Petrobras, e o negócio agora precisa ser aprovado pelo Conselho de Administração da empresa, acrescentou uma das fontes.

O anúncio é esperado nas próximas semanas. Ao longo do processo de venda, houve interesse de pelo menos cinco companhias, sendo duas nacionais e três grupos estrangeiros, disseram à Reuters fontes a par do assunto.

A brasileira Unigel estava entre elas, como revelou a Reuters em abril. As fontes não especificaram o valor do negócio, mas o acordo deve ser inferior a 100 milhões de dólares, uma vez que a construção da unidade ainda precisa ser concluída.

Relançado este ano após um fracasso nas negociações com o grupo russo Acron, o processo de desinvestimento da fábrica é considerado mais um passo importante para o agronegócio brasileiro, pela potencial redução da dependência da importação de fertilizantes pelo país, hoje em torno de 85%.

A petroleira quer se desfazer do negócio, assim como tem feito em relação a outros ativos, para focar na exploração e produção de petróleo.

 

FONTE: FOLHA DA REGIÃO 

 

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