Polícia Civil de Birigui descobre casa que funcionava como Central de Golpes pela Internet

Sexta, 22 Julho 2022 04:47
Materiais apreendidos pela polícia civil de Birigui serão encaminhados à Polícia Federal (Foto: Divulgação)
 
 

Investigado admitiu que estaria envolvido no golpe há duas semanas e teria lucrado R$ 5.000,00 no período

A Polícia Civil de Birigui (SP) descobriu nesta quinta-feira (21), um imóvel no bairro Jardim Pérola, que era usada como “Central dos Golpes pela Internet” . No imóvel estava um homem de 29 anos, que segundo a polícia, admitiu que estava envolvido no golpe há duas semanas e teria lucrado R$ 5.000,00 neste período.

O flagrante foi feito durante cumprimento a mandado e busca e apreensão expedido pela 2ª Vara Criminal. A casa fica na rua Prof.ª Lydia Helena Frandsen Sthur e a denúncia informava que seria utilizada por um grupo criminoso para a prática de fraudes e transferências bancárias por meio de desvio de dinheiro praticado com o uso de computadores.

Os policiais chefiados pelo delegado Eduardo Lima de Paula chamaram pelos moradores e não foram atendidos, apesar de ser ouvido barulho de pessoa se movimentando no interior da residência. Eles cortaram a corrente do portão, arrombaram a porta de entrada do imóvel e encontraram o investigado no interior da casa.

Confessou

Segundo a polícia, ele admitiu que faria parte de um “esquema pela internet” e usava o computador dele para a prática dos crimes. Os policiais encontraram um notebook ligado e nele estava aberto um programa que funcionava um navegador de internet na página “Login Caixa”.

Simultâneamente estava aberto outro computador “Notepad” com os dados cadastrais e números de telefone de terceiros. E também estava aberto o aplicativo WhatsApp Web e no celular mensagem remetida quatro minutos antes, com um código de ativação da Caixa Econômica Federal.

Chips

Dando sequência às buscas os policiais encontraram no quarto do investigado, chips de aparelho celular das operadoras Vivo e OI; mais dois notebooks; três cadernos com anotações como valores; CPFs; quantias e senhas, três relógios; uma máquina de cartão de crédito e o celular do acusado.

De acordo com a polícia, o investigado disse que estaria participando do golpe havia aproximadamente duas semanas. A função dele seria receber os cartões telefônicos já ativados com dados de terceiros, pelo WhatsApp ou por e-mail.

Ele cadastrava esses números em contas Gmail e depois no aplicativo “CAIXA TEM” da Caixa Econômica Federal para o recebimento de valores. O investigado contou que fazia cerca de dez cadastros de terceiros no sistema por dia, mas em um dia chegou a cadastrar 18 deles.

Como a cada transação bem sucedida do grupo criminoso ele receberia entre R$ 100,00 a R$ 150,00, já havia conseguido um total de R$ 5.000,00 desde que começou a participar do golpe.
Na casa do irmão do investigado, nos fundos do mesmo terreno, foram localizados mais dois cadernos com anotações e uma máquina de cartão bancário.

Outro investigado

Segundo a polícia, o investigado apontou um segundo suposto integrante do grupo, que seria responsável por fornecer os chips de celular. Os policiais foram ao local de trabalho dele, que tem 20 anos, e apreenderam mais 99 chips de celular.

Os dois foram conduzidos à delegacia junto com o material apreendido e na presença do advogado Milton Walsinir de Lima, optaram por permanecer em silêncio.

O delegado determinou o registro da ocorrência e a apreensão dos objetos, que serão encaminhados à Polícia Federal em Araçatuba para dar continuidade às investigações. Como a possível fraude seria praticada contra sistemas da Caixa Econômica Federal, a investigação é de competência da Polícia Federal.

Foto: Divulgação
 

 

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