CASO: os policiais efetuaram diligências na rua Sebastião Fenelon da Costa, bairro São João, no sentido de cumprir um mandado de busca domiciliar e três mandados de prisão temporária, cujas investigações visam esclarecer crime de homicídio doloso e ocultação de cadáver, razão pela qual três membros da mesma família foram presos e conduzidos à sede do SIG.
Consta no Boletim de Ocorrência que no dia 05 de abril do corrente ano, por volta das 05h 50min, no residencial Real Park, próximo ao Posto Real, às margens da BR 262, foi encontrado o corpo de um indivíduo que estava envolto num tapete amarrado com fio de cobre, apresentando ferimento de disparo de arma de fogo na cabeça, cujo corpo posteriormente foi identificado como sendo de JOÃO VEZETIV, 50 anos.
Durante as primeiras atividades de investigação, os policiais suspeitaram de familiares, haja vista que os mesmos somente registraram ocorrência posteriormente ao achado do corpo, o qual foi encontrado não muito distante da residência dos familiares, que sequer foram ao local para reconhece-lo, somente o fazendo após serem intimados para comparecerem à sede do SIG.
Inquiridos, os familiares, ou seja, A.M., 42, esposa da vítima; J.L.M., 24 anos, enteada da vítima, e o marido desta, A.C.E., 35 anos, negaram qualquer participação no crime e disseram desconhecer a origem do tapete no qual a vítima foi encontrada envolta.
Também causou estranheza o fato do corpo da vítima ter sido desovado cerca de seiscentos metros de sua casa e os familiares sequer foram reconhece-lo, apesar da ampla divulgação na mídia local.
Desta feita, foi representada pela prisão temporária da esposa, da enteada da vítima, e do esposo desta, bem como de busca e apreensão na residência, sendo que durante o cumprimento das ordens, os investigados foram presos e encaminhados à sede do SIG, quando então o genro, A.C.E., acabou confessando ser o autor do disparo que matou o padrasto de sua esposa, indicando que a arma utilizada, uma espingarda carabina, calibre 44, estaria guardada, a seu pedido, na casa de um amigo na rua Rui José da Costa, bairro Paranapungá, onde a referida arma foi apreendida, municiada com onze (11) capsulas intactas, do mesmo calibre, o que resultou na prisão em flagrante de A.C.S., 61 anos, por Posse Ilegal de Arma de Fogo de Uso Permitido.
Ele confirmou que guardou a arma a pedido de seu amigo, sem saber do envolvimento deste no crime de homicídio.
Pelo que se apurou, a vítima fazia uso de bebidas alcoólicas e drogas e, no momento em que foi atingida, estava sentada numa cadeira, ocasião em que foi alvejada por trás, sem que pudesse se defender.
As mulheres negaram qualquer participação no crime ora investigado, alegaram que não sabiam que A.C.E. iria agir de tal forma, ou seja, efetuaria um disparo de arma de fogo na cabeça da vítima. Elas também negaram que ajudaram a esconder o corpo.
Segundo o Delegado, diligências complementares serão realizadas e aguardam os laudos periciais para conclusão das investigações. “A título de informação, durante este ano, ocorreram 08 (oito) homicídios na cidade de Três Lagoas, todos até agora esclarecidos, graças às atuações das forças policiais”, disse Dr. Ailton.
Denúncias poderão ser realizadas através dos telefones 67.3929.1173; 67.3521.4984 ou 67-9.9226.8210(Whatsaap)
