Empresário andradinense Mário Celso Lopes perde briga por fatia da Eldorado Brasil de Três Lagoas

Segunda, 19 Abril 2021 12:54

EMPRESÁRIO PODERÁ DESEMBOLSAR MAIS 50 MILHÕES DE SUCUMBÊNCIA DE CUSTAS E INDENIZAÇÕES NA JUSTIÇA PAULISTA

 

STJ decide contra TJ-MS e empresário Mário Celso Lopes perde briga por fatia da Eldorado 

Por unanimidade, STJ decidiu que a demanda deve ser resolvida na Justiça de São Paulo, não de Mato Grosso do Sul, não cabem mais recursos

Por nove votos a zero, a segunda  seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul não tem competência para julgar ação movida por um fundo do empresário Mário Celso Lopes por uma fatia de 8,28% da Eldorado Brasil Celulose. Lopes é ex-acionista da empresa com fábrica em Três Lagoas.

O julgamento foi concluído nesta terça feira (18/09/20), a partir de recurso apresentado pela defesa de Lopes contra decisão da ministra Nancy Andrighi, do STJ. Ela havia decido que a Justiça de São Paulo é a jurisdição correta para ação. Tanto o acordo de acionistas quanto o contrato de venda de participação de Lopes na Eldorado definem que o foro para resolução de conflitos entre os então sócios é a capital Paulista. Com a decisão unânime  na seção, não cabem mais recursos no STJ.

O desembargador Nélio Stábile, do TJ-MS, chegou conceder medidas cautelares em favor do empresário. Mas a 2º Vara Empresarial e de conflitos de arbritagem de São Paulo (SP) decidiu que o fundo de Lopes, MCL Fundo de Investimento de Participações, não poderia exercer nenhum direito sobre ações da Eldorado. Stábile, então , suscitou o conflito de competência para decisão no STJ, onde foi derrotado.

ENTENDA O CASO

Apesar de ter deixado a sociedade na Eldorado em 2012, Lopes ingressou apenas em 2019 com uma ação na Justiça de Mato Grosso do Sul , em que demanda ser ressarcido no equivalente a 8,28% das ações da Eldorado. A alegação de Lopes é que sua empresa MJ Participações teve sua participação na companhia de celulose reduzida irregularmente, em 2011, de 25%  para 16,72%.

No entanto, documentos apresentados na ação pela J&F Investimentos, controladora da Eldorado, mostram que a participação total da MJ na empresa de celulose nunca deixou de ser 25%. O contrato por meio do qual a J&F adquiriu e incorporou a MJ, em 2012, descreve que a MJ continuava detendo 25% de participação total na Eldorado.

A J&F citou depoimentos Mário Celso Lopes à Polícia Federal e à CPI do BNDES, em 2017 e 2019, respectivamente, nos quais o empresário afirma te vendido 25% da Eldorado por R$ 300 milhões . À CPI do BNDES, sob julgamento, Lopes chega ainda a afirmar que fez a venda por entender que o valor proposto era interessante e que sua saída ocorreu sem nenhum tipo de litígio. Cinco meses depois disso, o empresário entrou com ação judicial.

 

fonte: Perfil News 

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