Em Birigui comissão julga improcedente denúncia de quebra de decoro de vereador por cabeçada

Terça, 08 Setembro 2020 19:08
Advogado teve o olho lesionado por vereador (Foto: Arquivo/H+)

Relatório da CP em Birigui justifica que não há nenhum julgamento para perda de mandato de vereador por lesão corporal leve

 

A Comissão Processante da Câmara de Birigui (SP) que investigou possível falta de decoro parlamentar do vereador Leandro Moreira, o Lê (PTB), julgou improcedente a denúncia feita pelo advogado Milton Walsinir de Lima, conhecido como Dr. Barata. O advogado foi agredido com uma cabeçada pelo parlamentar na recepção da casa legislativa e durante a sessão do dia 11 de fevereiro deste ano e teve uma lesão no olho esquerdo.

O relatório final da comissão presidida pelo vereador José Roberto Merino Garcia, o Paquinha (Avante), e que tem Luiz Roberto Ferrari (PSDB) como relator e Eduardo Fonseca de Luca, o Eduardo Dentista (PT), como membro, será lido na sessão desta terça-feira (8).

Os vereadores deverão votar pelo arquivamento do processo ou cassação do parlamentar. Para a perda do mandato, é necessária a maioria qualificada de votos entre os 17 vereadores, ou seja, 12 votos.

 

Decoro

“Decoro parlamentar consiste no comportamento exemplar que é esperado dos representantes políticos. Caso haja “quebra de decoro”, ou seja, o parlamentar infrinja uma das regras de conduta, este deverá ser punido, correndo risco de perder o seu mandato”, cita o relatório.

O documento assinado por Ferrari deixa claro que o julgamento por falta de decoro tem nítido conteúdo político e que “não há nenhum julgamento para perda de mandato de vereador por lesão corporal leve”, por isso a improcedência da denúncia. Informa ainda que a lesão corporal está sendo apurada judicialmente.

A Comissão Processante foi aprovada pelos vereadores na sessão posterior à agressão, no dia 18 de fevereiro, com prazo de 90 dias para conclusão dos trabalhos.

Devido à pandemia de covid-19, houve pedido de suspensão das investigações até o dia 3 de agosto, que foi deferido pelo presidente da Câmara, Felipe Barone (Avante).

O vereador Lê foi notificado para apresentar defesa prévia e foram convocados para oitivas o denunciante e o vereador Cláudio Barbosa de Souza, o Kal (DEM), como testemunha.

Leandro Moreira reconheceu que perdeu a cabeça após agressão verbal (Foto: Aline Galcino/Arquivo H+)
 

Oitivas

Durante o interrogatório, o advogado não respondeu se foi ofendido ou maltratado por Lê, respondendo apenas que “as imagens falam por si só”. Já Kal disse que não viu nem ouviu nada por estar de costas no momento da agressão.

Leandro Moreira explicou que tudo começou num domingo de dezembro do ano passado, quando recebeu uma ligação de outra pessoa falando que o Dr. Barata estaria num bar falando de uma lista de investigação onde constava o nome do vereador, lista essa que Lê nega ter visto.

O parlamentar disse ainda que antes da agressão o advogado foi insultá-lo momento que ele se aproximou e falou para ele parar de falar bobagens a seu respeito. O denunciante teria voltado a afirmar que Leandro era “vagabundo” e, por isso, o vereador perdeu a cabeça e o agrediu. Lê reconheceu que deveria ter se controlado, mas reforçou que considera injusta a agressão verbal do advogado contra ele.

Veja as imagens do momento da agressão

CONTINUA DEPOIS DO VÍDEO

Projetos

A sessão desta terça-feira (8) tem ainda três projetos de lei na Ordem do Dia, todos enviados pelo Executivo. Um deles altera regime jurídico do Conselho Tutelar quanto à substituição do titular pelo suplente em casos de afastamento. O segundo projeto, acrescenta sobrenome que falta no texto da lei que denominou a avenida Francisco Puertas Kiko e completa a pauta a matéria que autoriza alienação de faixa de terra na esquina das ruas Estados Unidos e 21 de Abril, no parque residencial Nelson Calixto.

 

fonte: Hoje Mais 

 

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