O Ministério Público propôs uma ação de ressarcimento contra o prefeito em exercício de Ilha Solteira (SP), Otávio Gomes (DEM), por improbidade administrativa. A alegação é de que o chefe do Executivo teria sido “funcionário fantasma” na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
De acordo com o promotor Marcelo Camargo Milani, responsável pelo caso, um inquérito civil apurou que Otávio teria sido nomeado em cargo de comissão como assessor especial parlamentar entre 6 de fevereiro e 3 de maio de 2007.
Segundo o documento, a jornada de trabalho do assessor especial parlamentar é de 40 horas semanais. “O demandado jamais prestou as funções inerentes ao cargo ocupado ou quaisquer outras funções públicas.”
Ainda conforme o MP, ao mesmo tempo em que estaria exercendo a função pública, o prefeito em exercício estava matriculado no curso de engenharia civil da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Ilha Solteira em tempo integral. Ou seja, não poderia estar em São Paulo.
O promotor afirma também Otávio recebeu, mensalmente, a remuneração do cargo, paga pela Alesp, totalizando, no período entre fevereiro a maio de 2007, o valor de R$ 36.083,50, “valores que evidenciam seu enriquecimento ilícito e o consequente prejuízo ao erário.”
Outro lado
A reportagem do Hojemais Araçatuba procurou o prefeito de Ilha Solteira, por meio da assessoria de imprensa, e aguarda resposta.