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Acusado de matar jovens de Andradina e jogar corpos no Rio Tietê vai a júri popular quatro anos depois

Quinta, 26 Abril 2018 13:15

Acusado de matar jovens e jogar corpos no Rio Tietê vai a júri popular quatro anos depois

Crime aconteceu em abril de 2014. Corpos de Jenifer e Yara, com 13 e 14 anos na época, foram encontradas seminuas em Pereira Barreto (SP).

 

A Justiça de Pereira Barreto (SP) faz nesta quinta-feira (26) o júri popular do acusado de ter matado e jogado os corpos de duas jovens no Rio Tietê. O crime completou quatro anos em abril e o suspeito está preso desde então.

O júri será realizado no Fórum de Pereira Barreto. O advogado do acusado Edson Francisco de Souza, Danilo Medeiros Pereira, disse que não vai comentar o assunto porque o caso está em segredo de Justiça.

Os corpos de Jenifer e Yara, na época com 13 e 14 anos, foram encontrados boiando, seminus, às margens do rio Tietê.

 

“Eu espero que tenha Justiça, mas vou falar a verdade, para mim não importa se vai sair ou ficar preso. O importante era minha filha, que nunca mais vai voltar”, afirma a mãe de Yara, Tereza Barbosa, em entrevista ao G1.

 

Segundo as investigações, no dia 12 de abril de 2014, Edson teria oferecido carona às meninas quando passou pela avenida Guanabara, em Andradina. Chovia naquele momento e testemunhas viram quando elas entraram no veículo.

Yara e Jenifer foram encontradas boiando no rio Tietê (Foto: Reprodução/TV TEM)

 

O homem levou as adolescentes até a estrada que liga Andradina a Pereira Barreto, onde teria cometido o crime. O acusado confessou o crime para a polícia na época.

 

“O que ele fez foi uma atrocidade, foram duas crianças, um caso grave. Espero que tudo seja colocado em panos limpos e a justiça seja feita”, afirma a mãe da Jenifer, Maristela da Silva.

 

A mãe da Yara fala sobre a tristeza que a família passou durante esses quatro anos. “Tem hora que parece que ela vai voltar, que bate uma saudade dela. Que ela ia voltar, que foi na escola, em algum lugar, mas que já vai estar em casa”, lamenta Tereza.

Família

 

Tereza, que é mãe de outros três filhos, de 26, 23 e 2 anos, conta foi o nascimento da pequena caçula Maria Vitória que a ajudou a superar a morte de Yara.

“Para mim, a Maria Vitória veio para suprir a falta da Yara na minha vida. Nada, nem ninguém substitui uma filha, mas ela trouxe amor e me ajudou bastante. Ela vive comigo”, afirma Tereza.

 
 

"A família ainda não está bem preparada, não esta conformada, mas temos de ter o pé no chão”, diz Maristela, mãe da Jenifer, que tem outra filha de 12 anos.

 

O caso

 

Os corpos de Yara e Jenifer foram encontrados no Rio Tietê. O primeiro a ser encontrado foi o de Yara, que estava seminua e com as mãos amarradas. O corpo foi encontrado por pescadores três dias depois de ter desaparecido.

Já o segundo corpo foi o de Jenifer, encontrado um dia depois de Yara. Ela também estava seminua.

Após os corpos encontrados, a polícia começou a investigar o caso. O borracheiro Edson Francisco de Souza foi preso em Cianorte (PR) quase 15 dias depois do crime.

Edson, na época, confessou ter matado as adolescentes para o delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Andradina, Tadeu Aparecido Carvalho Coelho.