Edson Lopes Ferreira e o diretor-financeiro da Santa Casa de Andradina, Devanir Pimenta, falaram a nossa reportagem do O Foco na tarde de 21 de setembro, que algumas dívidas da instituição não estavam sendo pagas e que os atuais administradores estavam “tomando pé” da situação, sem saber ao certo o montante assumido.
O prefeito de Andradina, Mário Celso Lopes usou os aspectos da dificuldade financeira que a Santa Casa de Andradina, para justificar o decreto de intervenção na entidade. Mas a situação financeira aparente da Santa Casa de Andradina é ainda pior na atualidade, do que em 15 de maio, data da intervenção.
Segundo o decreto, “a deficiência das ações e serviços da Santa Casa de Andradina e a situação gravosa e calamitosa a que chegou, com notório prejuízo do atendimento hospitalar, e grave risco para a própria preservação da vida humana.
Considerando que o instituto de direito público da requisição, na modalidade da intervenção, é o meio adequado para o Poder Executivo Municipal atender situação de perigo iminente que comprometa a promoção, a proteção, e a recuperação da saúde pública, garantindo a manutenção do adequado funcionamento das instalações da Santa Casa de Andradina, fazendo-as com recursos humanos e materiais de que dispõe, mediante o uso dos equipamentos, móveis e instalações pertencentes a instituição de saúde” – justifica Mário Celso.
Sob a intervenção dos aliados do prefeito, e mesmo sem se preocupar em saldar dívidas houve o aumento de algumas despesas chama a atenção. Em maio, os gastos com pessoal (CLT), saltou de R$ 1,1 milhão para R$ 2,1 milhão em julho, com o maior pagamento em junho, com R$ 2,3 milhões, totalizando R$ 5,5 milhões. Segundo Deva, apenas o interventor não recebe salário da Santa Casa, já os demais membros da gestão são remunerados.