ANDRADINA- O prefeito Mário Celso Lopes começa amargar com o aumento da oposição aos seus planos de governo. Ontem a Câmara Municipal de Andradina deu a ele um sonoro desacordo.
A votação pelo endividamento em aproximadamente R$ 30 milhões para construção do prédio da Prefeitura e outras obras de infraestrutura na região norte da cidade, teve 4 votos contrários e 8 favoráveis.
Os vereadores contrários foram Hugo Zamboni, Fabrício Mazotti, Sant’Ela e Hernandes discordaram deste endividamento, alegando que a pandemia fez surgirem outras prioridades. Hugo disse que sua posição contrária mereceu mais felicitações que a passagem de seu aniversário.
Ele afirmou que seus eleitores que moram nos Altos dos Ipês, por exemplo, estão tapando eles mesmos os buracos das ruas porque a Prefeitura não vem dando contra de realizar os serviços. “Se não tem dinheiro para remédios, reforma de asfalto, iluminação, perimetral do Santa Cecília, porque vamos investir em construção de prédio para a Prefeitura?”, disse o vereador Zamboni.
OPINIÃO
O presidente da Câmara Coxinha Prando está comemorando a devolução de R$ 1,7 milhão para a Prefeitura Municipal. É evidentemente louvável qualquer economia. Mas ela não pode estar significando abdicação de direitos importantes como o de contratar uma empresa especializada para estudar o impacto que esse endividamento causa.
A Câmara que economizou em recepções e publicidade dos atos, deveria sim ter promovido audiências públicas para discussão desse projeto de lei do prefeito.
A aprovação no apagar das luzes do ano, quando todos se voltam mais para as festas do que para a política, contribuiu apenas para que a oposição fosse menor e que o assunto passasse batido, sem conhecimento de grande parte da população.
A Câmara também pode ter assessorias para pesquisas de opinião, ou terceirização de assuntos complexos para que sejam avaliados por especialistas e que sirvam de subsídio para as tomadas de posições da Câmara e não apenas de vereadores isoladamente.
Parabéns ao Coxinha pela economia e austeridade, mas infelizmente, Andradina e especialmente a Câmara está precisando de mais criatividade, mais ação e investimentos em informação profissional.
Um projeto como esse do endividamento, deveria ter uma terceira opinião especializada para que a Câmara pudesse avaliar melhor os impactos e sua necessidade ante a outros problemas urgentes que estão sendo apontados pela população em geral.
FONTE: NOROESTE RURAL