PANDEMIA, ESTUDOS ON LINE E O FUTURO DA EDUCAÇÃO
Quarta, 17 Março 2021 17:17A pandemia chegou e mudou o planeta para sempre. Nada será como antes. Tivemos e ainda teremos reflexos desta mudança em todas as áreas tais como a economia, saúde, desenvolvimento, agricultura, comércio, etc.
De todas as áreas, uma com certeza sofreu e ainda vai sofrer de forma muito intensa e por muitos anos: Estou falando da educação.
Se antes da pandemia ela já era capenga, se já não funcionava bem, fazendo nosso país ficar em 88º lugar no ranking da UNESCO, que possui 127 países analisados, atrás de nações extremamente pobres da África por exemplo, agora a coisa vai piorar.
Há pelo menos 20 anos a educação, notadamente a pública, é sofrível, claudicante. Professores mal remunerados, trabalhando a base de remédios em salas de aula ultrapassadas, ensinando ou tentando ensinar alunos que saem de lares já desestruturados e que não possuem a menor intenção de adquirir conhecimentos. Assim são as escolas públicas, obrigadas a seguirem esse sistema altamente discutível chamado progressão continuada, que não reprova o aluno por notas, sob a desculpa esfarrapada de não incentivar a evasão escolar. Mentira, o sistema corrompido deseja justamente isso, que a imensa maioria da população não tenha massa crítica, não consiga enxergar muito além do nariz, não seja capaz de discernir o joio do trigo e continue acreditando em falácias. Esta situação é necessária para que velhas raposas políticas, no poder há 30, 40 anos, sugando o nosso país sem dar nada em troca, permaneçam sendo eleitos eternamente.
Um exemplo clássico deste sistema falido é José Sarney. Na política desde 1955, foi deputado, senador (presidente do senado por três vezes e presidente da República, com uma carreira de mais 60 anos na vida pública. (Fonte: Wikipédia). Por estas razões, seria de esperar que seu estado natal, o Maranhão, fosse um oásis de conhecimento e educação de qualidade dentro do nosso imenso país, mas não é. O Maranhão tem um dos piores Ideb do Brasil, ou seja, naquele estado a educação é um fiasco, com escolas sem paredes cobertas por sapê (situação mostrada em reportagem do fantástico). Por que motivo? Qual a intenção? Por que ele não investiu pesado na educação de seu estado, que é minúsculo? Resposta óbvia. Se o seu eleitor aprender a votar, ele nunca mais será eleito.
Voltando a falar da pandemia, digo que o maior prejuízo, aquele que vai demorar mais tempo para ser recuperado, está justamente nesta área, a da educação.
O ano de 2020, com aulas on line, transmitidas por plataformas digitais, foi a solução encontrada para que os alunos não ficassem sem aulas.
Ocorre que, em sua grande maioria, os alunos da rede pública não possuem recursos que garanta a eles condições adequadas para assistirem as aulas como rede de internet, computador ou notebook, ambiente silencioso... A grande maioria assistiu as aulas pelo celular, com internet falhando, em residências pequenas, com pessoas passando pra lá e pra cá, vendo TV, conversando, fazendo barulho, diversos fatores de distração que na sala de aula não eram encontrados. Junte a tudo isso a já falada falta de motivação dos alunos e teremos aí um perfeito conjunto de fatores que certamente fará desta geração uma das mais fracas e menos preparadas de todos os tempos. Quem perde com isso? Eles e nós. Eles por certamente encontrarem dificuldades extras para passarem no vestibular ou para encontrar emprego e até para permanecer nele. Perdemos nós enquanto sociedade, pois estes indivíduos serão os responsáveis por conduzirem os veículos pelas vias ao nosso lado, construírem prédios, pontes, atenderem a nós e nossos entes queridos nos hospitais, consertarem nossos veículos nas oficinas. Eles estarão preparados?
Quanto tempo será necessário para que esta lacuna seja reparada? Há alguma chance deste sistema podre ser erradicado? Algum dia teremos algo parecido com o Japão onde o ensino é considerado sagrado, algo levado tão a sério que o professor é o único profissional dispensado de se curvar ao imperador, tamanha a sua importância?
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