A data entra na história de Andradina, com a eleição de Mário Celso Lopes a prefeito, com a maior votação de toda história política da cidade (24.960).
O segundo colocado, o ex-prefeito Jamil Ono, considerado uma lenda viva da política, foi derrotado obtendo 6.343 votos. Ainda participaram dessas eleições Marquinhos do Debate (428 votos) e Reginaldo Milhan (160 votos). Em termos percentuais Mário Celso obteve 78,27%; Jamil Ono 19,89%; Marquinhos do Debate 1,34% e Reginaldo Milhan 0,50%.
Desde os primeiros dias uma aura otimista já cercava a candidatura de Mário Celso, mas o que se seguiu é digno de se guardar na cabeça e no coração.
Bastidores de uma campanha singular
A convenção do partido aconteceu em um sete de setembro à noite, o que não impediu Mário Celso embarcar às 4 horas da manhã para tratar de negócios no Nordeste Brasileiro de onde voltou apenas uma hora antes do evento.
“Lembrando, eu posso afirmar que o nosso 7 de setembro, foi o dia da independência de Andradina por um futuro melhor”, disse Mário.
A escolha do candidato a vice-prefeito também teve que esperar por esse último momento e a aclamação do nome do médico Dr Paulo Assis coroou todo o processo democrático que envolveu a pré-campanha de Mário.
“Absolutamente nenhuma pessoa ou partido que caminharam conosco tiveram nada em troca por isso. Nem os mais valorosos candidatos desta campanha, não receberam nenhum benefício em troca de seu apoio. Os convidei para gastar sola da botina comigo e quando percebemos tínhamos o nosso próprio exercito nas ruas, mas um exército de gente livre unida apenas pelo ideal de ver a nossa cidade prosperar. Isso me emocionava a cada dia e sentia mais vontade de estar nas ruas e falar com as pessoas”, contou Mário Celso Lopes.
Ele foi o primeiro prefeito do PSDB eleito em Andradina. Ao seu lado havia o Partido Verde de seu vice Paulo Assis, e ainda o Progressistas (PP), o PDT, o PSL, o DEM, o Republicanos, o PRTB, o MDB, o Solidariedade e o PROS.
Com apoio maciço e sem comprometimento, Mário Celso Lopes fez uma campanha nova, sem “velhas práticas” políticas. Não houve a contratação de cabos eleitorais para os candidatos a vereador que também não receberam nem sequer um litro de combustível. A campanha foi na base da sola de sapato em 220 reuniões que atingiram quase 10 mil pessoas e caminhadas pelos bairros.
Mário também trocou o visual comum de políticos em campanha e pode ser visto de bermuda na maioria dos seus compromissos, aonde também comumente chegava de moto.
Cada segundo foi importante
Mário Celso iniciou sua campanha no primeiro segundo oficial. A Live feita por ele a “zero hora” de uma sexta-feira 13, foi um dos vídeos mais bem vistos durante todo o processo eleitoral. Ao final da campanha ele fez outra “live” aproveitando até o último segundo da propaganda eleitoral permitida nas redes sociais.
“Quem pensou que eu não seria candidato ou que não fosse sair às ruas perdeu a aposta. Não entrei na política após 20 anos por capricho. Entrei porque eu tenho uma missão e essa missão passa pelo desenvolvimento da minha cidade, onde nasci e que nunca tive vontade de ir embora. Já estamos tomando providências para começar meu mandato a partir da zero hora do dia 1º de janeiro. É assim que eu quero trabalhar por nossa terra, todo segundo que eu tiver”, informou Mário Celso.
A força nas redes
A campanha teve como maior cabo eleitoral a força das redes sociais. Enquanto os adversários gastaram dezenas de milhares de reais com impulsionamentos virtual, o investimento da campanha de Mário Celso não superou a marca de R$ 1 mil.
O envolvimento orgânico das pessoas nas redes sociais foi surpreendente. O perfil do candidato no Facebook atingiu o limite de amigos em 2 dias e curtidas e compartilhadas atingiam a marca das centenas, só superadas apenas pelas “lives” e “podcasts” com convidados.
A população também se envolveu na produção, e além das mensagens carinhosas que chegaram às centenas via o “Whatsapp”. O fenômeno “Tio Mário”, criado pelo icônico influencer digital “Zé Ninguém” tomou conta da rede. As pessoas também aproveitaram esse canal virtual para soltar o seu talento, através de músicas de composição pessoal, com direito a sertanejo, rap e forró.
“Todos os dias pudemos ver essa onda virtual crescendo e tomando proporções de um levante popular. Consciente, a população sabia muito bem o que queria para Andradina e também o que não quer mais”, comentou Mário.
4 gerações de Lopes foram às urnas
Após votar com a esposa Juçara Lopes no Álvaro Guião, o colégio eleitoral mais antigo e tradicional de Andradina, Mário fez questão de acompanhar a mãe, dona Luiza, que aos 87 anos fez questão de sair de casa para votar no filho.
Por telefone ele acompanhou a votação dos filhos e também fez questão de acompanhar o neto Mário Celso Lopes Neto, que aos 19 anos votou pela primeira vez.
Após a votação a família cumpriu o seu tradicional compromisso de domingo, almoçar juntos num rancho às margens do Rio Paraná. Mário recebeu telefonemas de amigos durante todo o dia e só voltou à cidade para a apuração.
A mágica da certeza
Cercado de amigos, Mário aguardou o fechamento das urnas. A espera foi longa aquele dia, pois os resultados estavam atrasados. Mário queria aguardar o resultado final das urnas, mas logo teve a notícia de que a população se organizava por conta própria para uma carreata comemorando a vitória, que só foi anunciada de fato perto da meia noite.
“Mesmo não tendo a confirmação o desejo das pessoas era tão certo que resolvi atender e desfilei pelas ruas da cidade movido pela fé das pessoas que tinham certeza desta vitória. Neste momento tive a certeza que a vitória não era só minha, mas de toda Andradina”, finalizou Mário Celso.
