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EM ANDRADINA MÁRIO CELSO CANALISA TODA REJEIÇÃO DA ERA JAMIL

Sexta, 20 Novembro 2020 02:45
* Antônio José do Carmo - Jornalista
 
O resultado das eleições em Andradina foi duro e com endereço certo: a população disse “não” para a continuidade do período de Jamil Ono. Ele foi apurado pela democracia e perdeu pela rejeição, num momento histórico em que o brasileiro almeja grandes mudanças.
A rejeição exigiu também uma nova Câmara. Andradina mostrou que cansou do modelo arcaico de gestão legislativa, da compra de favores e votos, da chantagem e apenas 4 dos vereadores conseguiram retomar suas funções.
 
O julgamento popular indicou ao ex-prefeito e aos vereadores, críticas a ausência de competência em solucionar problemas como a falta de funcionamento da Hemodiálise. Aqui não avaliando as responsabilidades oficiais de cada um, mas o benefício para toda população. A falta desse serviço recai sobre prefeitos e vereadores, e não Irmandade e Santa Casa.
 
Outra corrente de oposição Jamil enfrentou na Fundação Educacional de Andradina. A decisão do Ministério Público de dar poder à Prefeitura na gestão da escola, foi vista como interferência desnecessária e descabida para boa parte da Maçonaria.
 
A empresa “Águas de Andradina” foi outro furo no barco de Jamil. Os eleitores não gostaram da troca de hidrômetros, pagamento de ar em vez de água, péssimo atendimento ao público, intolerância nas negociações de contas encarecidas por defeitos em canalizações.
 
Também teve destaque as críticas à imprensa, num modelo de se pagar para evitar críticas. O maior empresário do setor de comunicação e também o líder dos gastos da Prefeitura, foi o mais citado.
 
A vitória esmagadora de Mário Celso Lopes, indica que foi convincente seus argumentos de que a lista de 200 cargos de assessores é exagerada, como também é a quantidade de secretarias e chefias. Questões aparentemente insignificantes como a multa de R$ 16,00 na área azul e os pontos perdidos na carteira, ganharam força e somaram na rejeição do modelo atual de administração.
 
Jamil foi um dos melhores prefeitos de Andradina e a gestão de sua indicada Tamiko Inoue ficou apagada com sua permanência entre os assessores. Carrega o prestígio de 30 mil votos. Mas o voto não é troféu para ninguém, mas compromisso de serviço. E não o será para o bem sucedido empresário Mário Celso Lopes. Ninguém quis saber dos desabonos de seu passado, se foi ou não preso na Lava Jato ou se a suspeita de trabalho escravo vai lhe condenar. Interessa o futuro.
 
Um lado de Bolsonaro beneficiou Mário Celso que, em relação à pandemia, defendeu posturas parecidas a do Presidente. Dono do Shopping, sua voz foi a primeira contra a paralisação do setor comercial para controlar o avanço do coronavirus. Em praticamente todas suas concentrações, não se verificou qualquer preocupação com as recomendações sanitárias, para o controle da Covid-19.
 
Os eleitores pesaram a capacidade de Mário em empreender, promover, provocar a causa do desenvolvimento e principalmente da modernização. Sua campanha se fundamentou em mostrar o que fez por Andradina, e visualizar o desenvolvimento exponencial em torno de seu mega empreendimento turístico: o Ácqualinda.
 
O voto é compromisso de futuro e não de passado e Mário Celso conseguiu canalizar toda esperança que os eleitores de Andradina tem na mudança de rumo. Para os marketeiros ele é o sonho de consumo porque encarnou a imagem de “salvador” do município.
 
Parabéns e sucessos a todos os eleitos.