Essa semana começa depois do preço da arroba do boi no Brasil chegar ao dobro da média histórica em dólar, segundo dados do IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
Há dois anos o preço em dólar era o menor dos últimos 10 anos: U$ 39,94 a arroba. A semana passada fechou com US$ 46,99 considerando um dólar para cada R$ 5,32. Em reais são R$ 250,00. Em novembro do ano passado estava em R$ 140,00.
Também temos duas situações atípicas na semana que passou. Uma delas é que o Estado de São Paulo perdeu a liderança dos maiores preços da arroba pagos no Brasil e agora os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, estão pagando os mesmos valores.
O segundo ineditismo no mercado, é que os frigoríficos estão pagando praticamente o mesmo preço para machos e fêmeas. Um dos motivos é que a genética e a precocidade evoluída em pesquisas, fez das fêmeas terem carne macia como os machos.
Esses valores recordistas acontecem porque os frigoríficos de exportação tem contratos para cumprir. Eles saem na frente com os preços mais elevados, porque o alto preço do dólar tem gordura para queimar até chegar ao prejuízo.
Já os frigoríficos que abastecem o mercado interno estão pressionados. Esses não sabem até quando a vaca não vai para o brejo. Podem até pagar mais que os frigoríficos de exportação, mas vão esbarrar no preço do açougue e na capacidade do brasileiro consumir o que mais gosta: carne.
O mercado externo, ou seja a China, nossa maior compradora pode fazer com a carne o que a Venezuela e outros países já fizeram com o arroz? É possível. Por alguns meses, até que as pastagens voltem a ficar verdes com mais oferta de boi para abate, a carne continuará subindo e subindo. Se o dólar baixar, ela baixa em real. Será que o Governo vai interferir, importando carne como se importa arroz?
Ninguém nesse mercado acredita nisso.
Temos fontes da JBS, Minerva, Marfrig e outras unidades de abastecimento interno no Mato Grosso do Sul, que participam diretamente das negociações de preços.
Esse informativo tem o patrocínio publicitário da Empresa de Assessoria “Apoio Rural” que facilita a vida do produtor rural. E da Seleção Nelore Grendene, a genética mais influente do Brasil, gerenciada pelo nosso amigo Ilson correa na Fazenda Ressaca, município de Cáceres no Mato Grosso.
Boa semana, bons negócios, saúde e paz.
FONTE: NOROESTE RURAL