Em Mirandópolis durante todo o dia o clima era de tensão entre familiares de detentos que ficaram em frente à unidade a procura de informações. O prefeito, Everton Sodario, usou as redes para informar que a situação estava sob controle, apesar dos estragos que restaram da rebelião.
A reportagem da Folha da Região apurou que 11 detentos ficaram feridos por facadas durante o motim, nos conflitos internos entre detentos, e foram levados para o Hospital Geral de Mirandópolis, onde quatro presos, que tiveram ferimentos mais graves, continuam internados.
Todas as unidades abrigam apenas presos em regime semiaberto, que é o preso que tem a possibilidade de sair para trabalhar ou estudar durante o dia e retornar, e que por lei tem direito a cinco saídas temporárias por ano.
O Grupo de Intervenção Rápida controlou a situação nos presídios de forma imediata. Até às 8h15 desta terça-feira (17), 444 presos foram recapturados pela Polícia Militar com apoio de agentes de segurança penitenciária. A SAP realiza a contagem para determinar o número exato de fugitivos.
Saída temporária suspensa
A medida foi necessária, pois o benefício contemplaria mais de 34 mil sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere, teriam elevado potencial para instalar e propagar o coronavírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados.