Durante agenda pública no interior do Estado, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) teceu duras críticas à gestão de seu antecessor e provável adversário nas próximas eleições, André Puccinelli (MDB), em virtude de obras de restauração em rodovias estaduais que se deterioraram antes do previsto e já passam por reformas.
O tucano esteve em Camapuã ontem, quarta-feira (16), e prometeu concluir as obras de reforma de trechos da MS-436 no próximo mês de agosto. A rodovia, que liga o município a Figueirão, custou R$ 215 milhões e foi entregue no final de 2013.

“A parte da serra deteriorou, destruiu tudo. É por isso que não dá para contratar uma obra sem fazer projeto executivo, para olhar a profundidade do lençol freático. É uma obra nova e hoje nós estamos gastando duas vezes o dinheiro porque quando fizeram o projeto não tiveram preocupação de fazer bem feito. Nós temos que ter respeito pelo dinheiro público”, disparou Reinaldo.
A obra em questão é uma das que integram relatório de investigação da Operação Lama Asfáltica, assim como outras de pavimentação asfáltica da gestão Puccinelli, como a MS-180, MS-040, MS-295 e o Aquário do Pantanal, em que os investigadores teriam encontrado indícios de desvio de dinheiro público, superfaturamento, fraude na licitação e na medição da obra.
O governo divulgou à época, em 2013, que os R$ 215 milhões foram proveniente de um financiamento feito junto ao Bird (Banco Interamericano para a Reconstrução e Desenvolvimento). A pavimentação foi feita em três lotes, os dois primeiros custaram R$ 148 milhões (com verba do Bird) e o 3º outros R$ 66,2 milhões, de contrapartida estadual.
Para restauração asfáltica de 8km da rodovia, o governo contratou a Transenge Engenharia e Construções para executar os serviços, ao custo de R$ 3.462.435,60 (três milhões e quatrocentos e sessenta e dois mil e quatrocentos e trinta e cinco reais e sessenta centavos), em dezembro de 2017.