Polícia Civil cumpre mandados em Araçatuba, Birigui e Sud Mennucci

Sábado, 14 Dezembro 2024 14:41
Dinheiro apreendido durante cumprimento de mandados de busca (Foto: Divulgação)
 

Contra suspeitos de integrar organização criminosa relacionada ao tráfico de drogas e armas, homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro

 

Equipes da Polícia Civil cumpriram mandados de busca em endereços em Araçatuba, Birigui e Sud Mennucci nesta quarta-feira (11), como parte da 3ª fase da “Operação Pax”, que investiga suposta organização criminosa relacionada ao tráfico de drogas e armas, homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro. 

A ação é coordenada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Paraná. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa, sendo 19 mandados de prisão preventiva e 53 mandados de busca e apreensão.

Os agentes estiveram em 46 endereços em cinco estados e durante a ação, cinco pessoas ficaram feridas. A reportagem apurou que durante o cumprimento dos mandados na região de Araçatuba, teriam sido apreendidos celulares. Ao tordo, durante a operação foram recolhidas sete armas, munição diversa, R$ 37 mil em dinheiro, um veículo e cerca de três quilos de drogas entre crack, maconha e cocaína.

Investigações

De acordo com o MP do Paraná, as investigações tiveram início há três anos e inicialmente identificaram uma organização responsável por tráfico de drogas e armas.

Segundo o que foi divulgado, para dominar o mercado ilícito, esses grupo teria eliminado vários componentes de grupos rivais, tanto em Ponta Grossa como em outras regiões do Estado, gerando um contexto de “guerra de facções”, aumentando o número de homicídios.

A primeira fase da operação foi deflagrada em 2022 e resultou na redução do número de assassinatos na cidade. A ação gerou duas ações penais contra 16 pessoas pelos crimes de organização criminosa, porte e posse irregular de armas de fogo de uso permitido e restrito, disparos de arma de fogo e uso de documentos falsos. 

Condenações

Uma das ações já foi julgada em primeiro grau e resultou na condenação de oito pessoas pelos crimes de posse, porte e disparo de arma de fogo. O homem apontado como líder da organização criminosa foi preso no Rio de Janeiro em dezembro de 2022 e está em um presídio federal de segurança máxima.

Houve a segunda fase da operação, concentrada na investigação do crime de lavagem de dinheiro com a utilização de “laranjas” para a movimentação de dezenas de milhões de reais provenientes de atividades ilícitas.

Outras cinco pessoas foram presas e foi oferecida nova denúncia contra 11 investigados pelos crimes de integração em organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Terceira fase

Esta terceira fase da operação visa desarticular o grupo que continua a praticar homicídios, tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro a partir de lideranças que se encontram detidas em presídios do Paraná.

Segundo o que foi divulgado, um monitor de ressocialização, servidor terceirizado do sistema penitenciário, é acusado de corrupção, por receber propina para conceder benefícios e facilidades aos investigados presos.

Esse servidor terceirizado teve a prisão preventiva decretada nesta fase das investigações e foi afastado das funções pelo próprio Departamento de Polícia Penal do Estado.

Mais buscas

Em conjunto com a Operação Pax, contando com o apoio do Gaeco, a 13ª Subdivisão da Polícia Civil do Paraná cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e 26 mandados de prisão preventiva nas operações “Day Break” e “Concórdia”, contra supostos integrantes da mesma organização criminosa.

Nesse caso as ações visam desarticular as células responsáveis por homicídios e pelo tráfico de drogas nos municípios de Ponta Grossa e Ivaí. As duas operações resultam da colaboração e esforço comum das Polícias Civil e Militar e do Ministério Público.

O objetivo é reduzir os índices de homicídios ocorridos na região e ligados ao tráfico de drogas e à disputa de facções criminosas. As operações conjuntas mobilizaram mais de 250 policiais civis, militares e penais no Paraná e nos demais Estados.

 

FONTE: HOJE MAIS 

 

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