Ele havia sido preso em dezembro com base em um mandado de prisão preventiva, mas foi solto após a Justiça revogar a decisão, que agora foi revertida pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.
O comerciante, conhecido no meio do comércio de veículos em Araçatuba, começou a ser alvo de diversas denúncias no ano passado. As queixas na polícia eram de donos de veículos entregues a ele para a venda, os quais nunca receberam os valores, e de outras vítimas que compraram carros, pagaram, mas não receberam os veículos.
Os valores, conforme um processo de duas vítimas que tramita na Justiça de Campo Grande (MS), seriam de aproximadamente R$ 12 milhões. No estado de São Paulo seriam mais de 30 boletins de ocorrência contra ele, a maioria de Araçatuba.
No dia 6 de dezembro do ano passado o comerciante foi preso por policiais da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudação, Falsificações, Falimentares e Fazendários de Campo Grande (MS), que foram a São Paulo cumprir o mandado de prisão expedido pela Justiça local em processo de um casal que teve prejuízo de R$ 630 mil.
O homem pagou R$ 260 mil por uma caminhonete Amarok Highline 2023, e a mulher pagou R$ 370 mil por uma Toyota SW4. Ambos nunca receberam os veículos e nem a restituição dos valores, que havia sido pagos à vista ao comerciante.
Recurso
A prisão em dezembro foi baseada em um mandado de prisão preventiva, o qual foi revogado após recurso da defesa. No entanto, o Ministério Público do Mato Grosso do Sul interpôs recurso em sentido estrito reestabelecendo a prisão preventiva que havia sido revogada. O MP alegou a necessidade de garantir a ordem pública, o risco de reiteração delitiva e a insuficiência de medidas cautelares alternativas.
Os juízes da 3ª Câmara do Tribunal de Justiça deram provimento ao recurso do Ministério Público, e o comerciante foi localizado e detido nesta segunda-feira, em São Paulo. A reportagem apurou que ele teria morado em seis hotéis diferentes neste semestre. O comerciante passou por exame no IML (Instituto Médico Legal) antes de ser transferido para Campo Grande.
FONTE: RONDA POLICIAL