A Polícia Civil de Araçatuba (SP) deflagrou nesta quarta-feira (3), a “Operação Lógos”, que tem como alvo uma suposta organização criminosa especializada em furtos e roubos em condomínios de apartamentos e residências de alto padrão em várias cidades do Brasil.
Segundo a polícia, em Araçatuba os investigados teriam atuado em pelo menos três crimes do tipo, sendo levadas joias de alto valor, ouro, dinheiro em espécie, relógios de marca e armas de fogo. Ainda de acordo com a polícia, duas famílias tradicionais da cidade foram roubadas pelos investigados, crimes ocorridos em janeiro e fevereiro deste ano, causando prejuízo de aproximadamente R$ 1,3 milhão.
De acordo com a polícia, com relação a dois inquéritos instaurados pela 1ª DIG/Deic (Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Araçatuba foram expedidos 15 mandados de busca e nove mandados de prisão temporária.
Como duas mulheres investigadas já estavam presas, os policiais saíram às ruas para tentar capturar seis pessoas. Além de equipes da DIG/Deic de Araçatuba, participaram da operação agentes da 4ª DISCCPAT/Deic (Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio) de São Paulo, somando 77 policiais e 29 viaturas.
Como funcionava
De acordo com a polícia, o grupo criminoso teria um líder intelectual, que foi preso nesta quarta-feira, que selecionaria os alvos da casa dele, também na capital paulista. Ele levaria em consideração o padrão de renda, o local de moradia e os automóveis de propriedade das vítimas.
Esse levantamento seria feito por meio de uma “central clandestina de telemarketing” , onde integrantes da quadrilha realizavam inúmeras ligações diárias para as residências das potenciais vítimas, buscando informações sobre as famílias alvo.
Com base nas informações colhidas era elaborada a engenharia social e o líder do grupo encaminhava os executores para os imóveis selecionados. Foi constatado que os executores dos crimes utilizavam veículos dublês, ferramentas para arrombamento e armas de fogo.
Apesar de o objetivo inicial ser o furto, os executores usavam de violência ou grave ameaça, caso se deparassem com moradores ou demais pessoas nos imóveis selecionados. Após os crimes, eles retornavam para São Paulo com os bens das vítimas.
Locais
Segundo a polícia, durante a investigação foi constatado que além dos furtos ocorridos em Araçatuba, foram identificados crimes do tipo praticados pelo grupo em Barretos, Leme, Marília, Bauru, no Estado de São Paulo; e em Campo Grande (MS), Recife (PE) e Maceió (AL).
Nessa cidade, foram realizadas buscas com apoio da Dracco (Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) da Polícia Civil e foram capturados quatro homens acusados de tentar realizar praticar um furto em uma cobertura de alto padrão.
Ainda de acordo com a polícia, foram identificados crimes tentados e consumados na cidade de São Paulo, em apartamentos de vítimas de alto poder econômico. Outros casos seguem em investigação.
Segundo a polícia, foram apreendidas joias, relógios, dinheiro e objetos de grife durante os cumprimentos aos mandados de busca e apreensão e de prisão nesta quarta-feira.
FONTE: HOJE MAIS