Jovem de 21 anos dava cabeçadas na viatura após ser presa e algemada ainda no local. Foi solicitado procedimento para investigar suspeita de insanidade mensal. Uma servidora municipal, de 45 anos, foi esfaqueada no ombro por uma jovem, de 21 anos, enquanto trabalhava, na manhã desta segunda-feira (24), na sede do Conselho Tutelar de Dracena (SP), localizada na Vila Barros. A suspeita foi presa em flagrante. O poder público informou que, além da violência praticada contra a escriturária, a investigada danificou vários equipamentos do local, dentre eles um bebedouro, um telefone fixo, quatro computadores e os retrovisores do veículo oficial do órgão, segundo a Polícia Civil. Na ocasião, uma conselheira tutelar, de 56 anos, também foi ameaçada de morte pela indiciada. A perícia foi acionada. “Está sendo feito o levantamento dos danos”, ressaltou o Poder Executivo. A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Pronto Atendimento Municipal (PAM) com ferimentos leves, de acordo com a corporação. No local, a servidora e o restante da equipe receberam atendimento médico e psicológico. Diante da situação, a sede do Conselho Tutelar estará fechada, na tarde desta segunda-feira, para manutenção e troca dos equipamentos destruídos. “Importante frisar que serão estudadas medidas para melhorar a segurança no atendimento do local”, finalizou a Prefeitura. Flagrante A Polícia Militar foi acionada por volta das 10h20 e, quando chegou à sede do órgão, encontrou a jovem “alterada, agressiva e portando uma faca”; ela foi contida por pessoas que estavam no local. Já na viatura policial, mesmo algemada, “dava cabeçadas no veículo”. A faca foi apreendida. A suspeita foi presa em flagrante e encaminhada até a delegacia, onde não prestou depoimento por estar “bastante alterada emocionalmente, inclusive, gritando da cela do plantão”, conforme a polícia. Ela foi indiciada por dano contra o patrimônio, lesão corporal, ameaça e por impedir a ação de autoridade judiciária. A causa do ocorrido ainda é desconhecida, conforme a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. O delegado Cleber Augusto Batista decidiu não arbitrar fiança em razão da somatória das penas dos crimes investigados e também por entender que o caso preenche os requisitos de uma eventual prisão preventiva. Ele ainda pediu à Justiça a instauração de um procedimento para investigar a suspeita de insanidade mental da envolvida. Ela permanece presa, à disposição do Poder Judiciário, até a realização da audiência de custódia, nesta terça-feira (25). Texto: G1 Fotos: Jorge Zanoni e Gustavo Oliveira