Duas pessoas foram presas em flagrante e foi descoberta uma oficina que fabricava fundos falsos em veículos para o transporte de drogas entre os Estados
A Polícia Civil de Araçatuba (SP), em conjunto com a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul e do Ceará, deflagrou nesta quinta-feira (16), a segunda fase da Operação Guatambu, que investiga uma suposta organização criminosa que seria especializada no tráfico de cocaína.
Segundo o que foi divulgado, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Birigui, relacionados ao inquérito policial que investiga crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
As buscas aconteceram em Birigui, no Estado de São Paulo; em Campo Grande, Anastácio e Aquidauana, em Mato Grosso do Sul; e em Fortaleza (CE). Foram apreendidos celulares, maconha, uma pistola, um revólver, dois carregares e 13 munições. Duas pessoas foram presas em flagrante por posse irregular de arma de fogo.
Ainda de acordo com o que foi divulgado, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, uma das equipes descobriu em Campo Grande, uma oficina mecânica que seria de um dos investigados, que fabricaria fundos falsos em veículos para o transporte de entorpecentes entre os Estados.
Investigação
A investigação é coordenada pela Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Araçatuba e resultou na apreensão de 240 quilos de cocaína em um canavial em Bento de Abreu, em agosto do ano passado, com duas pessoas sendo presas em flagrante.
O grupo já vinha sendo investigado e, no mesmo dia, foi deflagrada a primeira fase da operação, para o cumprimento de mandados de busca e de quatro mandados de prisão temporária.
Um dos presos é um empresário de Birigui, suspeito de ser o líder da suposta organização criminosa. Ainda em Birigui foi presa uma mulher e um terceiro investigado na cidade não foi encontrado na ocasião, mas foi preso posteriormente após ser localizado pela Polícia Militar.
Um quarto investigado foi preso durante a primeira fase da operação, ao ser localizado em Campo Grande. Segundo a investigação, ele seria o intermediador da droga que seria comercializada pelo suposto grupo criminoso, atuando como corretor, mantendo contato com fornecedores na Bolívia ou no Paraguai.
Uma tonelada
Esses quatro investigados tiveram as prisões revogadas durante a investigação, com a concordância da Polícia Civil, que informa que até o momento, já foi apreendida aproximadamente uma tonelada de cocaína que seria pertencente ao grupo, além de veículos e documentos que seguem sendo analisados no inquérito, que não tem prazo para ser concluído.
Esta segunda fase da operação teve a participação de 52 policiais civis, incluindo integrantes da Deic de Araçatuba, do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, e da DAS, da Polícia Civil do Ceará.