Em Andradina Eliana luta por Justiça pela morte da filha Wanessa

Segunda, 27 Mai 2024 07:00
Eliane que sempre sonhou sem ser motorista, realizou sonho, e hoje enfrenta a perda de uma filha e luta por Justiça
 

Eliana luta por Justiça pela morte da filha Wanessa

 

A filha de Eliana, Wanessa de 28 anos morreu dentro de casa após ter recebido alta na UPA de Andradina, sendo o primeiro caso de feminicídio na cidade.

O dia das mães deste ano, Eliana Rodrigues Pereira (51) se encontra em uma posição que jamais imaginou: pela primeira vez, está passando este dia sem a presença de um dos seus filhos. Sua filha Wanessa foi a primeira vítima de feminicídio em Andradina, um destino cruel que deixou Eliana e sua família em choque.

Com outros quatro filhos Wagner, Walquíria, Rafaela e Alexandra, Eliana se vê agora em uma batalha dupla: pela sobrevivência e bem-estar dos que ainda estão ao seu lado, e pela busca incessante por justiça para Wanessa e para tantas outras vítimas de violência de gênero.

A história de Wanessa é um trágico conto de amor e abandono. Agredida pelo ex-namorado, ela não apenas sofreu com a violência doméstica, mas também, segundo a família, enfrentou uma luta adicional pela vida devido à negligência médica. Na Unidade de Pronto Atendimento de Andradina (UPA), Wanessa não recebeu o tratamento adequado, apesar dos sinais claros de uma possível hemorragia cerebral. Mesmo com a recomendação de internação por um médico, ela foi liberada pelo outro médico plantonista e encontrou a morte em casa, ao lado da sua família, se tornando uma possível vítima de uma falha gritante no sistema de saúde.

Eliana, apesar da dor indescritível, encontra forças na memória de sua filha para lutar por justiça. "A dor é o alimento da minha força", diz Eliana, determinada a garantir que outras mães de Andradina não tenham que enfrentar a perda de seus filhos por falta de um atendimento digno e eficaz.

Sua voz ecoa não apenas pela sua filha, mas por todas as vítimas de violência de gênero e negligência médica. Eliana tem se tornado uma porta-voz da luta por justiça, determinada a transformar a tragédia pessoal em uma força motriz para a mudança. Enquanto segura a memória de Vanessa em seu coração, ela promete continuar de pé, lutando pelos seus filhos e por um sistema que proteja e preserve a vida de todos os cidadãos.

 
FONTE: HOJE MAIS 
 

 

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