Um levantamento do Departamento Municipal do Trânsito, divulgado em 2014, revelou que em 2005 havia 44 mil bicicletas na cidade. No entanto, uma mudança significativa ocorreu ao longo dos anos, com muitos ciclistas migrando para motocicletas, reduzindo o número de bicicletas para 17 mil.
Essa transição reflete uma tendência mais ampla de modernização e mudança nos padrões de mobilidade urbana. A facilidade de adquirir veículos motorizados, mesmo em meio a crises econômicas, tem sido um fator determinante nessa mudança.
Contudo, apesar da preferência crescente por motos e carros, ainda existe uma parcela da população que mantém a tradição ciclística, seja por esporte ou lazer. Nos últimos anos, houve um aumento no número de pessoas que praticam ciclismo, especialmente nos finais de tarde, quando é comum ver grupos de ciclistas equipados percorrendo as ruas da cidade.
Além disso, as autoridades locais têm realizado ações de conscientização sobre a importância das bicicletas no trânsito, promovendo a segurança dos ciclistas e incentivando o uso de equipamentos de proteção. Essas iniciativas visam reforçar a presença das bicicletas nas ruas e avenidas de Três Lagoas, ressaltando a importância de práticas seguras no trânsito para todos os usuários das vias públicas.
Hoje, todas as bicicletas vendidas em Mato Grosso do Sul precisam conter número de série com registro no documento fiscal. Essa determinação está em vigor, pela Lei n° 6.218, publicada no DOE
Três Lagoas exemplifica a dinâmica entre tradição e modernidade no contexto da mobilidade urbana. A cidade, que já foi um símbolo da cultura ciclística, hoje se adapta às novas realidades e desafios, mantendo viva a chama do ciclismo, seja como meio de transporte, esporte ou lazer.
A história de Três Lagoas como a “Cidade das Bicicletas” é um capítulo valioso na narrativa do desenvolvimento urbano e da sustentabilidade no Brasil.