Enquanto autoridades menosprezavam ou negavam a existência do PCC, o grupo aumento o número de integrantes e expandiu a presença pelas penitenciárias e ruas de São Paulo. Atualmente, há membros em países da América Latina, Europa e África. Atualmente, líderes da facção estão em penitenciárias federais e polícias de outros países fazem cooperações contra o PCC.
A fundação da facção ocorreu menos de um ano após o massacre do Carandiru, quando 111 presos foram mortos pela Polícia Militar de São Paulo durante uma rebelião. Em três décadas, o grupo criminoso demonstrou força, como em rebeliões e ataques. Relembre alguns abaixo:
Megarrebelião em 2001:
A primeira rebelião do PCC ocorreu em fevereiro de 2001, em 29 unidades prisionais de São Paulo. Com cerca de 23.500 adeptos, a megarrebelião deixou o saldo de 14 presos mortos e 19 agentes penitenciários feridos. Foi com este motim que as forças de segurança de São Paulo admitiram a existência do PCC.
Assassinato do juiz José Machado Dias:
Em 2003, o magistrado e responsável por 14 presídios de São Paulo, foi executado ao sair do fórum que trabalhava em Presidente Prudente, interior do estado. A execução foi considerada o primeiro atentado praticado pela facção.
Integrantes da cúpula do grupo estavam descontentes com a atuação de Machado Dias e, por isso, decidiram executá-lo. Cinco pessoas foram condenadas pelo crime e, segundo forças de segurança, o PCC paga uma ‘pensão vitalícia' aos envolvidos.
Ataques do PCC em 2006:
12 de maio de 2006, uma sexta-feira, foi um dia de medo e caos durante a onda de ataques do PCC contra alvos policiais, ônibus e prédios públicos. Houve resposta das forças de segurança e o resultado, entre 12 e 21 de maio, foi a morte de 564 pessoas no estado, sendo 59 policiais.
"O PCC deixou de ser uma facção que lutava no início pelos direito dos presos e hoje ela é uma organização criminosa com única exclusiva finalidade de provocar lucros gigantescos e enriquecer principalmente a liderança", afirma o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.
História é marcada por mortes e traições
Em 2018, Gegê do Mangue, chefe do PCC e considerado como a principal liderança da facção fora dos presídios, foi morto em uma emboscada o Ceará. O assassinato abriu uma guerra interna na facção. Na ocasião, o parceiro dele, Paca, também foi morto.
A ordem para matar os dois veio do traficante Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, também morto a tiros, uma semana depois da execução dos traficantes. Outro caso é o duplo homicídio de Cara Preta e Sem Sangue, que foram mortos após cobrarem resultados de investimentos em bitcoins para Antônio Vinícius Lopes Grizbach.