Após o atendimento, foi decidida pela transferência da paciente para a Santa Casa de Araçatuba, referência para a região nos atendimentos de alta complexidade que aconteceu no domingo (28).
Mas o hospital se recusou a fazer o procedimento, alegando que a referência para esse tipo de cirurgia de média complexidade é Andradina. Como a família não possui plano de saúde e teme que a demora para a realização da cirurgia pode comprometer ainda mais o quadro clínico da paciente, ingressou com uma ação de obrigação de fazer com pedido de liminar, tendo como partes as Santas Casas de Araçatuba e Andradina e a Vara da Fazenda Pública do Estado.
Na ação, movida na segunda-feira (29), consta que o acidente que resultou na fratura de fêmur na paciente aconteceu na residência da vítima na sexta-feira, e ela foi levada ao hospital em Andradina pelo Corpo de Bombeiros. Consta ainda que quando a paciente chegou na Santa Casa de Araçatuba, houve recusa quanto à internação e ela foi encaminhada ao pronto-socorro, “com classificação verde” , o que significaria pouca urgência.
Na noite de domingo (28), o hospital teria suspendido a medicação para a paciente, deixando inclusive de verificar os sinais vitais. Na segunda-feira (29) a idosa permanecia em uma maca no pronto-socorro, aguardando uma definição. Até as 23h de ontem, a senhora ainda se encontrava na maca a espera de uma solução e sem atendimento algum.
Por fim, os familiares afirmam que a Santa Casa de Andradina e a de Araçatuba não dão acesso ao prontuário da idosa.
Esta é mais uma história real do que os andradinenses têm vivido nos últimos meses, como consequência de um descaso na gestão pública nos últimos anos. E quem paga o preço mais caro: o cidadão que mais necessita, pois ele paga com a própria vida.