Segundo os policiais que apresentaram a ocorrência, ele alegou que estava bebendo e que várias pessoas teriam ido na direção dele, por isso teve que sacar a arma e efetuar disparos para se defender. Entretanto, o investigado não estava de posse da arma e disse que alguém a havia pego e usado para agredi-lo.
Tiro
Os policiais também falaram com o filho do dono do bar, que apresentou o celular com uma marca de tiro e a camisa com furo característico de disparo por arma de fogo. A vítima contou que o acusado estava no bar bebendo e ao pagar a conta, desentendeu-se com o pai dele, que é o proprietário do bar.
Segundo o jovem, durante a confusão o agente penitenciário teria sacado a arma e passado a ameçar tanto ele como o pai dele e houve um disparo na direção dele. Após esse tiro ser efetuado a vítima partiu para cima do acusado.
Houve luta corporal e durante a briga foram feitos mais disparos de arma de fogo, mas ninguém foi atingido. O jovem contou que conseguiu desarmar o investigado e usou a arma para desferir alguns golpes na cabeça dele.
Arma
A arma, uma pistola Tauros calibre 380, foi entregue pela vítima a uma testemunha que estava no estabelecimento, a qual a escondeu em um arbusto nas imediações. Ela foi recuperada fechada e com o carregador vazio.
O dono do estabelecimento foi ouvido no local e confirmou a versão do filho, afirmando que presenciou a briga. O local onde ocorreu o crime passou por perícia e antes de ser apresentado no plantão policial de Andradina, o agente penitenciário foi levado ao Hospital Geral de Mirandópolis para atendimento médico.
Prisão
O delegado que presidiu a ocorrência decidiu pela prisão em flagrante do agente penitenciário por tentativa de homicídio e representou pela conversão da prisão em preventiva, justificando que ele demonstrou incapacidade para portar uma de fogo, por tê-la utilizado para solucionar desavenças pessoais.
"O indiciado é funcionário público estadual e se encontrava em um bar, embriagado e armado. Não é atitude que se espera de um agente de segurança pública, que deve zelar pela segurança da sociedade e não causar pânico aos cidadãos", consta no despacho referente à prisão em flagrante.
A autoridade policial determinou a instauração de inquérito policial para investigar o caso e determinou a apreensão da arma do agente penitenciário.
Com relação ao jovem, o delegado entendeu que ele agiu em legítima defesa. A camiseta que a vítima vestia e o celular que foi danficado pelo projétil foram apreendidos para perícia.