Um empréstimo bancário de R$ 180 milhões pretendido pela Prefeitura de Três Lagoas para a execução de obras de drenagem em bairros pode comprometer as finanças do município pelos próximos 20 anos. O montante pode ser levantado no Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), da Veneuzela, ou no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Para conseguir o dinheiro que corresponde a 36,7% do orçamento total da prefeitura para este ano, o município precisa dar contrapartida de seu caixa, que varia de acordo com valor pretendido, mas que pode chegar a 50%, segundo o prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB).
O secretário de Finanças, Cassiano Maia, disse que o valor não é liberado de uma única vez. É disponibilizado de acordo com a aprovação de projetos e execução das obras. A contrapartida é definida sobre cada projeto.
Guerreiro disse que a administração estancou gastos e que faz economia para ter saldo suficiente para cumprir com sua parte na negociação. Hoje, segundo Maia, a prefeitura tem média de R$ 20 milhões em caixa.
Além do financiamento, o governo tenta destravar um empréstimo de R$ 84 milhões, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. O projeto vem da gestão da ex-prefeita Márcia Moura (PMDB) e, depois de quatro anos da entrega dos documentos à Caixa Econômica Federal, não foi resolvido. Guerreiro vai a Brasília na próxima semana tratar da liberação porque, segundo ele, há possibilidade de sair o financiamento. As chances de sucesso, porém, são mínimas, porque mais de cinco mil municípios têm projetos de obras com dinheiro do PAC, mas apenas 12 devem ser contemplados.
No PAC, as taxas de juros são menores que as do BNDES e do banco venezuelano e não há contrapartidas.
fonte: JPNEWS