Por curiosidade, seu primeiro impulso foi assistir ao seu próprio funeral. Você vê sua família chorando, amigos e parentes chegando. Então, resolve ouvir o que eles estão dizendo, afinal, estão ali por sua causa. Você começa a escutar comentários sobre você. O que você acha que seus amigos e familiares estão dizendo?
Muitas vezes nos referimos ao legado como algo – qualquer coisa – que uma pessoa deixa para trás para ser lembrada. Uma marca no futuro, uma contribuição para as próximas gerações. O legado pode assumir a forma de filhos ou netos, um negócio ou uma contribuição duradoura para nossa comunidade ou sociedade. Pode ser tão intangível quanto a sabedoria que compartilhamos ou tão concreto quanto uma casa que construímos.
As pessoas querem deixar um legado porque querem sentir que sua vida é importante. Deixar um legado é transcender. O legado é algo que tem a ver com nós mesmos, que deixa a nossa essência, valores, visão, para além do nosso tempo.
Queremos ser lembrados com carinho. Desejamos nos sentir imortais — que alguma parte de nós “viva para sempre”. Criamos e perpetuamos a sociedade por meio do legado, e devemos considerar o tipo de sociedade que estamos construindo se não deixarmos um legado positivo.
Erroneamente, muitos acham que deixar um legado é sobre ser famoso, ter muitos bens e dinheiro. E não é isso. A riqueza material é apenas uma pequena fração do seu legado. Tudo depende do legado que você quer deixar. Porque o legado é aquilo que construímos durante a vida, e que, mesmo quando não estivermos mais neste mundo, vai continuar falando por nós.
Tenho certeza que a Regina Mustafa deixou seu legado. E posso dizer como filho que seguirei seus valores e crenças. Te amo, mãe. Assinado Eduardo Mustafa Araujo, filho e jornalista responsável pelo jornal AGORA NA REGIÃO.
OBS: editorial publicado na edição impressa do jornal AGORA NA REGIÃO (A2), edição 170 – 22 de outubro de 2022
FONTE: AGORA NA REGIÃO