Um homem de 41 anos foi preso na noite de sábado (2), em Birigui (SP), acusado de participação no assassinato de José Pereira de Carvalho, 58, ocorrido na madrugada de 4 de fevereiro, na casa vítima, no bairro Portal da Pérola 2.
O investigado, que estava com mandado de prisão preventiva em aberto, foi capturado ao procurar a delegacia, pouco antes das 23h, querendo saber por que estava sendo procurado pela polícia. Em pesquisa ao sistema, foi encontrado o mandado de prisão expedido em 9 de março pela 2ª Vara Criminal de Birigui. O acusado negou participação no assassinato.
Os pedidos de prisão preventiva dos três acusados foram feitos pelo delegado Eduardo Lima de Paula, com base em relatório da equipe de investigações da Delegacia de Polícia de Birigui, identificando-os como possíveis autores do assassinato, cometido com requintes de crueldade e sem chance de defesa para a vítima, segundo a polícia.
Corpo
Carvalho morava sozinho em uma casa na rua Pedro Cavalo e teve o corpo localizado por um vizinho, que pela manhã o procurou para pedir a bicicleta emprestada. Ele estava caído no chão da sala, apenas de cueca.
Durante a perícia foi constatado afundamento de crânio; um corte na cabeça, partindo da testa ao supercílio; uma escoriação na lateral esquerda da cabeça; e uma facada no pescoço.
Também havia escoriações nos joelhos e cotovelos e ferimentos nos dedos e na palma da mão direita, indicativo de tentativa de defesa.
Briga
O vizinho relatou ter visto Carvalho no final da tarde anterior e durante a madrugada houve barulho de briga e cachorros latindo no imóvel. Durante a investigação a polícia apurou que uma mulher de 41 anos, o filho dela, de 22, e o homem que foi preso ontem estiveram na casa da vítima naquela noite.
A mulher já havia confirmado em depoimento que ela, o filho dela e terceiro investigado estiveram no imóvel. Ela alegou que ouviu Carvalho gritar enquanto o filho dela e o outro investigado estavam dentro do imóvel, mas ele não a teriam deixado entrar.
O filho dela foi preso por roubo a uma residência no bairro Silvares e teria negado o crime, apontando o outro investigado como o autor do assassinato.
Negou
A reportagem apurou que em depoimento, o acusado de 41 anos alegou que bebia cerveja na residência da vítima naquela madrugada, quando a mulher e o filho dela chegaram. De acordo com ela, o filho da mulher teria entrado e já batido com um pedaço de madeira na cabeça da vítima, sem nada dizer.
Em seguida, com Carvalho já caído no chão, ele teria sacado uma faca e passado a golpeá-lo no pescoço. Na sequência, passou a chutar a cabeça da vítima, que permanecia no chão.
Ainda de acordo com ele, enquanto chutava Carvalho, o jovem dizia algo sobre um botijão de gás que a mãe dele teria furtado e, por isso, a polícia estaria atrás dela.
Saiu
Por fim, alega que quando o autor do crime teria passado a chutar a cabeça da vítima, ele teria ido embora e não sabe o que aconteceu depois. O investigado declarou que a mulher teria ficado do lado de fora da casa, não tendo participado do assassinato.
Com a prisão deste terceiro investigado, o inquérito será relatado e caberá ao Ministério Público decidir pela denúncia contra os investigados. Caso sejam denunciados e a Justiça acate, passarão a ser réus em processo e poderão ser julgados pelo Tribunal do Júri por homicídio duplamente qualificado.
