Briga interna entre sentenciados resultou na segunda morte de presos em menos de uma semana na penitenciária de Andradina (SP), que tem capacidade para 1.297 internos, mas está com 1.818, segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária). O crime mais recente aconteceu na noite de sexta-feira (25) e o Hojemais Araçatuba foi comunicado neste domingo (27).
A vítima é Tiago Mateus Aleo, 33 anos, que teria sido morto sufocado com uma toalha, pelo também detento Andrews Nunes Machado, 30. Ele teria alegado que apenas se defendeu após ter sido atacado com uma escova de dentes.
Segundo o que foi apurado pela reportagem, o crime foi registrado no final da noite por um policial penal que esteve na Delegacia Seccional, informando que durante o turno, por volta das 23h, percebeu um barulho na galeria de presos.
Morto
De acordo com ele, ao chegar no local constatou que Aleo havia sido morto por um dos presos na cela de inclusão. Ao questionar os demais sentenciados sobre a autoria do crime, Machado teria confessado o assassinato.
Ainda de acordo com o que foi apurado, ele teria alegado que foi atacado pela vítima, que portava uma escova de dentes afiada como uma faca. Ele reagiu, houve luta corporal e o acusado teria conseguido sufocar o companheiro de cela utilizando uma toalha.
Investigação
Ao ser comunicado do crime, o delegado que presidiu a ocorrência determinou a preservação do local par realização de perícia e a apreensão e exibição da escova de dentes e da toalha que teriam sido utilizadas pelas partes.
O autor do crime passaria por exame de corpo de delito e o corpo da vítima foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para exame necroscópico antes de ser liberado para velório e enterro.
Outro caso
Dois dias antes, na noite de terça-feira (22), o sentenciando Carlos Augusto Fanin, 37, foi assassinado pelo companheiro de cela, Guilherme Sacomani Bastos, 25, também na penitenciária de Andradina. O autor alegou que já tinha desavenças com a vítima do tempo em que moravam em Campinas e de quando cumpriram pena juntos, em Guareí.
Ele argumentou que teria sido atacado pela vítima, que estaria armada com dois pedaços de cabo de vassouras. Disse que durante a briga conseguiu desarmar Fanin e aplicou um mata-leão nele, que o fez perder os sentidos.
Em seguida, o arrastou para um canto da cela, cortou o pescoço, o tórax e a barriga dele usando uma gilete e usou um lençol para estrangulá-lo. Acreditando que a vítima ainda estivesse viva ele desferiu socos e chutes na cabeça e ao perceber que o colega de cela estava morto, jogou cinzas do cigarro que havia fumado na boca dele.
FONTE: HOJE MAIS