O ex-diretor do Centro de Detenção Provisória de Sorocaba (SP), Márcio Coutinho, e a mulher dele, Tânia Cristina Munhoz Coutinho, foram condenados a 15 anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro.
À TV TEM, o advogado de defesa de Coutinho disse, por telefone, que a sentença é injusta e que vai recorrer da decisão. O casal responde ao processo em liberdade.
Márcio Coutinho foi diretor do CDP de Sorocaba entre 2001 e 2014. A juíza Daniela Camberlingo Querubim reconheceu que, nesse período de 13 anos, Coutinho e a esposa teriam ocultado e dissimulado lucro de atividade delituosa.
Ele também foi condenado à perda do cargo. Em outra ação, Márcio Coutinho é investigado por extorsão praticada contra presos e parentes. O ex-diretor é suspeito de cobrar dinheiro para manter regalias a detentos na unidade prisional.
Ex-diretor do CDP de Socaba foi condenado por lavagem de dinheiro — Foto: Reprodução/Google Street View
Entenda o caso
Em abril de 2014, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) divulgou que investigava um suposto esquema de irregularidades para beneficiar presos no CDP de Sorocaba.
Denúncias à polícia apontavam que a direção da unidade receberia propina para facilitar a transferência de presos, além da entrada de familiares e drogas na instituição.
Na época, funcionários do presídio enviaram à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) um pedido de afastamento de Márcio Coutinho e outros seis trabalhadores. Poucos dias depois, Coutinho foi afastado do cargo.
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