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Três Lagoas recebe diariamente 60 toneladas de lixo da cidade de Andradina

Segunda, 07 Junho 2021 17:13

Andradina não renova contrato de coleta e quer parar de ‘exportar’ lixo

 
Andradina não renova contrato de coleta e quer parar de ‘exportar’ lixo
 
 

Prefeitura decide contratar outra empresa e reativar o aterro do município para não enviar mais a Três Lagoas (MS)

A Prefeitura de Andradina decidiu não renovar o contrato com a empresa que faz a coleta de lixo e a partir de amanhã os serviços serão prestados temporariamente por outra fornecedora dos serviços. Com a atitude, o prefeito Mário Celso Lopes (PSDB) também quer acabar com a ‘exportação’ de lixo para a cidade de Três Lagoas (MS), reativando o aterro de Andradina.

A reportagem da Folha da Região apurou que o contrato entre a administração local e a empresa Constroeste Ambiental vence hoje e que a partir de amanhã o serviço será prestado pela empresa Conservita, em caráter emergencial. A empresa ainda não divulgou se pretende recorrer sobre a não renovação.

Foto Noticia Principal Grande

De acordo com a Prefeitura, Andradina deixará de pagar R$ 600 mil mensais à Constroeste. A Conservita vai cobrar R$ 204 mil pelo trabalho. O principal motivo para a não renovação do contrato seria, ainda de acordo com a administração, a interdição do aterro administrado pela Constroeste em outubro de 2020, após várias notificações e pedidos de providências feitos pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

A Prefeitura alega que a interdição do aterro gera um gasto extra mensal de aproximadamente R$ 190 mil, que seriam pagos para a Empresa Kurica Ambiental fazer o transbordo diário de 60 toneladas de lixo orgânico para Três Lagoas (MS), para que seja dado um destino correto.

Fora esses dois gastos, o município alega pagar a empresa Monte Azul um valor de aproximadamente R$ 80 mil, para o transporte e destinação do lixo hospitalar gerado no município.

Com o fim do contrato com a Constroeste, a Prefeitura pretende organizar o destino do lixo doméstico, reorganizando o aterro e ainda elevar a qualidade do tratamento dado ao lixo.

Estudos ainda estão sendo realizados para a escolha do modelo ideal. Caso o município venha a assumir a coleta, várias iniciativas podem ser implementadas. Entre os planos está a adoção de uma frota de caminhões elétricos. Também há pretensão de ampliação da coleta seletiva, não só para recicláveis no já implementado coleta do “saco vermelho”, mas também a adoção de seleção de matéria orgânica, no usual “saco verde” com fins a produção de adubo orgânico.

Com a mudança de regime, a pesagem do lixo para fins de pagamento dos serviços da empresa passa a ser da Prefeitura. Até hoje, o lixo era pesado dentro dos caminhões pela própria Constroeste, que ainda recebia R$ 9 mil para fazer o serviço, segundo a Prefeitura.

Segundo os planos para a Prefeitura, a usina de triagem do aterro passará a ser gerida pela cooperativa de catadores de reciclagens que hoje recebe toda a coleta recicláveis da “sacola vermelha” em Andradina.

Atualmente, a Constroeste recebe, segundo a administração local, o valor R$ 122 mil para operar a usina e ainda tem direito ao lucro sobre a venda destes materiais. Esses materiais, de 90 a 100 toneladas mensais, são descartados junto com o lixo orgânico por pessoas que não aderiram ao movimento de coleta de recicláveis na sacola vermelha, que acontecem em dias distintos.

Com a coleta de recicláveis na sacola vermelha, a cooperativa, que tem 45 pessoas, recicla 110 toneladas mensais. A varrição de ruas em Andradina hoje representa 1,5 mil quilômetros diários, no contrato emergencial. Em caráter de experiência, passam a ser varridos 800 quilômetros diários.

 

FONTE: FOLHA DA REGIÃO