A iniciativa, que recebeu o nome de “Campanha Mais Proteção”, nada tem a ver com o tratamento precoce para a infecção do novo coronavírus, garante o diretor de Saúde do município, Alan Guimarães, que disse ter recebido o aval de médicos do município para a distribuição dos medicamentos.
Para cada morador do público-alvo da campanha foram distribuídos 30 comprimidos de vitamina C com zinco, quatro de vitamina D de 50 mil UI (unidades internacionais) e três comprimidos de Ivermectina, medicamento usado no tratamento de vários tipos de infestações por parasitas, como piolho e sarna. Ao todo, o município comprou 48 mil comprimidos destes fármacos, com um investimento de R$ 11,2 mil.
A distribuição começou no final de março e, segundo o diretor de Saúde, a adesão foi considerada foi excelente. Dos 1,4 mil kits, 1,1 mil já foram entregues. Segundo ele, a faixa etária escolhida para receber os medicamentos levou em consideração que a população de 37 a 59 anos começa a apresentar declínio na absorção de nutrientes. “É importante a reposição de vitaminas e minerais para prevenir ou tratar deficiências nutricionais”, afirmou. A intenção, segundo ele, é distribuir os kits com os medicamentos a cada seis meses.
Os idosos foram excluídos da campanha, conforme ele, porque podem apresentar problema renal ou de estômago. Já as grávidas e puérperas devem procurar orientação médica antes de fazer uso da suplementação oferecida pelo município. O diretor de Saúde disse a iniciativa ajudou a diminuir os casos de gripe na cidade.
Em relação à Covid, no entanto, o município registrou mais nove casos esta semana, o que ele considera preocupante e atribui ao relaxamento da população, que voltou a se reunir na praça central da cidade e a fazer festa e churrasco. Desde o início da pandemia, Braúna registrou 446 casos positivos de Covid-19 e 17 óbitos. Outras nove pessoas aguardam resultados de exames e 413 estão recuperados da doença. No momento, não há pacientes da cidade internados em hospitais.
IVERMECTINA
O antiparasitário Ivermectina não tem eficácia contra a Covid-19 comprovada por estudos científicos e o seu uso para este fim é desencorajado por entidades médicas e farmacêuticas, pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela própria fabricante do medicamento.
VITAMINAS
O chefe de infectologia da Unesp e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alexandre Naime Barbosa, disse que a vitamina C e o zinco não combatem a Covid-19, assim como a vitamina D, que não é um agente contra o novo coronavírus.
FONTE: FOLHA DA REGIÃO