Araçatuba faz parte de grupo de 65 cidades com ato conta Bolsonaro

Quarta, 24 Fevereiro 2021 03:38

Araçatuba faz parte de grupo de 65 cidades com ato conta Bolsonaro

Ao menos 65 cidades de diferentes regiões do Brasil, entre elas Araçatuba, estão promovendo carreatas e bicicletadas, neste final de semana, em protesto contra o governo Jair Bolsonaro. O ato araçatubense acontecerá neste domingo (21). A concentração está marcada para as 9h30, na avenida Odorindo Perenha, ao lado do Supermercado Rondon.

De acordo os organizadores, após percorrer as principais ruas do centro, o ato vai terminar na Câmara Municipal. Em alguns municípios já houve mobilização nesta sexta-feira (19). Vias da capital paulista e na região do ABC foram fechadas por manifestantes que usaram cartazes para protestar. Também foram registradas mobilizações em outros Estados. As ações estão sendo organizadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, compostas de movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda. No estado de SP, pelo menos 15 acontecerão no sábado (20) e cinco no dia seguinte. As manifestações centrarão fogo nos projetos de reforma administrativa e de privatizações do governo federal e nos problemas na campanha de vacinação contra a covid-19.

Entre as pautas também estará a retomada urgente do pagamento do auxílio-emergencial. A mobilização também contempla a exigência por “vacina já” e gratuita para toda a população, o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), a proteção ao emprego e a prorrogação do auxílio emergencial, no valor de R$ 600, até o fim da pandemia do novo coronavírus. Para as centrais sindicais e os movimentos sociais, o benefício entre R$ 200 a R$ 250, negociado entre Congresso Nacional e o governo, é insignificante diante do avanço da pobreza no país.

Além de estar condicionado a propostas de reformas neoliberais de Bolsonaro que, na prática, segundo eles, “significam a retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”. De acordo com os organizadores, todas essas pautas que preocupam os brasileiros passam pela luta da democracia, por isso, a centralidade do “fora Bolsonaro” mesmo diante nova composição do comando da Câmara e do Senado, mais alinhado ao governo. Já são 70 o número total de pedidos de impeachment protocolados no Legislativo. Nenhum deles foi colocado para análise pelo ex-presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

E com a eleição de Arthur Lira (PP-AL), apoiada por Bolsonaro, o acolhimento das denúncias ficou ainda mais difícil. Mesmo assim, os movimentos acreditam na pressão popular para a abertura do processo. O coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, por exemplo, não nega que o novo comando da Câmara dos Deputados seja um obstáculo, mas ressalta que “sem mobilização e organização de atos realmente fica impossível sequer colocar em análise os pedidos de impeachment”. “Na nossa concepção, acreditamos que o impeachment é um processo que precisa de mobilização. Então, nós, diferentemente de alguns setores que já ‘jogaram a toalha’ de que não é possível afastar esse genocida da presidência da República, acreditamos que é possível ir em uma crescente de mobilização e pressão para minar a popularidade de Bolsonaro e aumentar o seu desgaste”, afirma.

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