Presas produzem 316 mil máscaras de proteção facial na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista
Terça, 08 Dezembro 2020 04:29A cada três dias trabalhados na produção das máscaras, um dia de pena é descontado.
Passados seis meses desde o início da quarentena da Covid-19 fixada pelo Governo do Estado de São Paulo, e das medidas iniciais de estímulo e depois de obrigatoriedade ao uso de máscaras de proteção facial pelos cidadãos, a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, em conjunto com outras unidades prisionais paulistas, contribuiu para a disponibilização desse acessório no mercado, sobretudo diante da grande demanda provocada pela pandemia e os riscos de transmissão do novo coronavírus.
Segundo a administração da unidade, a produção de máscaras pela Penitenciária Feminina de Tupi Paulista atingiu o total de 316.800 peças durante esse período de quarentena, de 1º de abril a 26 de setembro.
Pelas mãos das detentas foram confeccionadas 272.600 unidades de máscaras de proteção descartável manual de TNT e 44.200 peças de máscaras de proteção de malha branca.
A Penitenciária Feminina de Tupi Paulista é a única da região de Presidente Prudente com essa linha de produção. Na unidade tupiense, a produção das máscaras, iniciada em 1º de abril, se deu após adequações na oficina de costura, e seguidas todas as normas sanitárias.
O trabalho mobiliza 15 presas e ainda não há previsão para o término da produção dos acessórios de proteção facial.
(Divulgação/SAP).
Em âmbito estadual, o trabalho de produção de máscaras e outros acessórios pelos presos, para o enfrentamento à Covid-19, mobilizou pelo menos 288 reeducandos custodiados em dez presídios paulistas. Desde abril, segundo divulgou o portal do Governo do Estado de São Paulo, foram confeccionadas 5.879.862 máscaras (descartáveis e reutilizáveis, incluindo o modelo face shield), além de outros itens, como aventais e toucas.
Dentro e fora
A ação desenvolvida na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista permitiu ampliar a oferta de máscaras para diversos setores da sociedade. A comercialização das máscaras, junto ao mercado, foi feita pela FUNAP - Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel”, vinculada à Secretaria da Administração Penitenciária, e que desenvolve políticas públicas para a ressocialização dos detentos.
Dentro desses objetivos, a ação na penitenciária tupiense contribui para a recuperação social das presas, possibilitando oportunidades de melhores condições de vida no futuro retorno à sociedade, a partir da profissionalização no ofício da costura.
Por outro lado, a iniciativa também permite a remissão das penas e remuneração pelo trabalho. A remição acontece da seguinte forma: a cada três dias trabalhados, um dia de pena é descontado. Já a remuneração é de três quartos do salário mínimo, o equivalente a quase R$ 800.
Destino das máscaras
As máscaras produzidas na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista foram comercializadas pela FUNAP, para os seguintes órgãos:
Penitenciária Feminina de Tupi Paulista: 5.266 unidades.
Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário: 9.000 unidades;
Centro Integrado de Apoio Financeiro (Ciaf) da Polícia Militar do Estado de São Paulo: 24.000 unidades;
Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado de São Paulo (Croeste): 30.000 unidades;
Penitenciária "Maurício Henrique Guimarães Pereira" (P2) de Presidente Venceslau: 3.300 unidades;
Penitenciária de Flórida Paulista: 6.300 unidades;
Penitenciária "Tacyan Menezes de Lucena" de Martinópolis: 6.000 unidades;
Centro de Detenção Provisória (CDP) "Tácio Aparecido Santana" de Caiuá: 2.300 unidades;
Penitenciária "ASP Adriano Aparecido de Pieri" de Dracena: 5.600 unidades;
Penitenciária de Lucélia: 8.400 unidades; e
Delegacia Seccional de Polícia de Presidente Prudente: 15.000 unidades.
(Divulgação/SAP).
fonte: G1
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