Morreu na madrugada desta quarta-feira (18), em São Paulo, o médico intensivista e neonatologista Roberto Castilho Pereira, de 69 anos. Ele era chefe da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Unimed de Araçatuba e veio a óbito por causa de complicações decorrentes do tratamento da Covid-19.
Doutor Roberto foi diagnosticado com o novo coronavírus há mais de 20 dias e no início do mês chegou a ser internado no hospital onde trabalhava, em Araçatuba. Por causa da evolução da doença, a família optou por transferi-lo para o Hospital Santa Catarina, em São Paulo, onde morreu em decorrência de uma hemorragia difusa provocada pela incapacidade de coagulação do sangue.
Ele foi um dos precursores dos serviços de terapia intensiva pediátrica e neonatal em Araçatuba. Trabalhou na Santa Casa de 1995 a 2016 e desde então comandava equipe responsável pela UTI destinada a tratar crianças no Hospital da Unimed.
Formado pela Faculdade de Medicina de Catanduva, doutor Roberto era um profissional conceituado e respeitado pelos colegas de profissão. Ele muito estudioso sobre a área que dominava e fazia questão de, semanalmente, ministrar aulas e treinamentos à equipe que chefiava no serviço de neonatologia intensiva e pediátrica.
Morador de Penápolis, doutor Roberto será sepultado na cidade na manhã desta quinta-feira, em solenidade prevista para as 10h. A família informa que, seguindo todas as regras de segurança sanitária impostas no país por conta da Covid-19, o corpo deverá ser velado a partir do início da madrugada desta quarta-feira.
“Como ele já estava fora do período de transmissão do vírus, por estar internado há mais de sete dias, que é o período em que há riscos de infecção de outras pessoas, não haverá problema em realizar o velório. Será respeitado limite de pessoas, distanciamento e uso de máscaras”, explica o Renan Campanha, médico neurocirurgião e genro do intensivista.
Doutor Roberto Castilho Pereira é de uma família de médicos. Ele deixa os filhos Roberto, de 33 anos, que atua como médico radiologista em Lins, e Manuela, 28, que é recém-formada e faz residência médica na atualidade. Era casado com Antônia Mara Cruz Bachiega Pereira, 60 anos, e tinha um netinho de 3 anos.
FONTE: 018NEWS