Os vereadores Isabel Cristina, Davis Martinelli e Luiz Akira, o vice-prefeito Paulo Salomão e os médicos José Márcio Barros de Figueiredo, Tomas Coelho e Rodrigo Melão, do Instituto do Câncer também participaram do Fórum.
Sirlene fez um breve discurso de abertura, alegando que o tempo deveria ser destinado aos profissionais presentes para falar sobre o Câncer de Cabeça e Pescoço. “Esse é um problema de saúde pública, os principais causadores, cigarro e álcool, estão fortemente presentes na sociedade. Mas não vou falar deles, até porque trouxemos especialistas que farão isso. Sendo assim, declaro aberto o I Fórum Julho Verde”.
O vice-prefeito, em nome do prefeito Ângelo Guerreiro, usou a palavra para parabenizar a vereadora pela iniciativa. “A prevenção é o melhor remédio. Toda ação na área da saúde é muito importante”, destacou Salomão. Os vereadores Luiz Akira e Cristina também fizeram um agradecimento pela importância do assunto, considerando que os causadores estão tão próximos da população.
O Câncer
Para falar sobre a doença, o Dr. Tomás Coelho fez uma apresentação, na qual ressaltou os principais causadores: o fumo, a bebida alcoólica e o HPV. “O narguile e o charuto também entram nos causadores. Antes, acreditava-se que eles não faziam mal, pois não se traga. Mas ficou constatado que a doença está mais relacionada com a temperatura. Outro mal entendido é achar que o cigarro de palha é mais natural e saudável. Pelo contrário, tem uma queima mais intensa e não possui filtro das substâncias. Logo, o melhor caminho para prevenir é não fumar”, explicou Coelho.
Sobre as bebidas alcoólicas, Tomás disse que doses pequenas são permitidas, até fazem bem. O problema são as grandes doses e o alcoolismo. “E, recentemente, tivemos a emergência do HPV. Para este causador, já existe uma vacina, que é preventiva, e o Brasil inteiro está em campanha para eliminar o HPV”, relatou.
Os sintomas
O especialista ainda apresentou os primeiros e principais sintomas, os quais merecem atenção de toda a população para poder identificar a doença logo no início. São eles:
– rouquidão de início recente
– lesões na boca que não cicatrizam
– aumento do volume do pescoço
– dor no pescoço
– dor que irradia para o ouvido
– dor e/ou dificuldade para engolir
– dificuldade para respirar
– perda de peso
Dúvidas
Terminando sua apresentação, Dr. Tomás Coelho abriu o espaço para perguntas e respostas. Além dele, os oncologistas presentes, Dr. José Marcio e Dr. Rodrigo Melão, também ajudaram nas respostas.
– Há predisposição genética? Não identificamos essa ligação, pois os tumores de cabeça e pescoço mais conhecidos são ocasionados pela agressão local.
– Mascar fumo, hábito regional, também é prejudicial? Sim, também é prejudicial.
– Minha mãe fumou por 28 anos, mas parou. Existe algum exame ou algo para fazer e prevenir? A princípio não. É preciso ficar atento aos sinais do corpo, se falta fôlego, se dói o estômago quando come etc. Sempre recomendo um pneumologista, pois são outras doenças que podem acometer o fumante.
– A minha voz é rouca, devo me preocupar? Deve ficar atento a mudança de padrão da sua rouquidão. Às vezes, a rouquidão é sinal de outras coisas.
– Diziam que antigamente fumava até morrer e não ficava doente. Hoje, conhecendo a produção do cigarro, vejo que se usa muito veneno, que não usava antes. Tem alguma relação? Falar que alguém fumou a vida toda e não ficou doente é o mesmo que brincar de roleta russa, uns morrem brincando, outros não. Não vale a pena arriscar.
– Sou ator e uso muito minha voz, às vezes, fico rouco e até perco a voz. Existe algum meio de evitar a doença? Não podemos confundir um cansaço da garganta com uma agressão a nível celular.
– Tenho uma coceira constante no céu da boca, às vezes, até me machuco coçando. Esse pode ser um dos sintomas? Qual médico devo procurar? Indicaria um otorrinolaringologista, para ir descartando as possibilidades.
assessoria legislativa de comunicação