Vivemos um ano conturbado em função do atroz vírus “chinês”, o mundo parou diante da pandemia, grandes economias estão encolhendo, surgiu o “covidão” (desvios de verbas da saúde), há uma guerra no campo cientifico e uma desmedida polarização política, além disso, estamos num ano eleitoral, o que torna a situação mais complexa, apesar dos rumores da dilatação de mandatos espalharem-se, o mais provável é que o pleito ocorra ainda neste ano, no dia em que por intermédio de um golpe findou-se a monarquia e deu-se inicio ao que alguns chamam de “república velha”.
Em Três Lagoas teremos uma eleição inédita, por pelo menos três motivos: O primeiro motivo concerne ao pré-candidato e atual prefeito Ângelo Guerreiro, que disputará o pleito respondendo a um processo gravíssimo de improbidade administrativa que pode culminar na suspensão dos seus direitos políticos, o MPE (Ministério Público Estadual) pede a condenação nos seguintes termos “o ressarcimento integral do dano, a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos e multa civil conforme augusto e ponderado critério de Vossa Excelência”.
O promotor Dr. Fernando Lanza quer a devolução de mais de 9 milhões de reais aplicados irregularmente pelo prefeito Ângelo Guerreiro. Lembrando que o Ministério Público já tem mais de 30 inquéritos abertos apurando denúncias de irregularidades e outros processos de improbidade administrativa cometidas pelo atual prefeito, e que também estão sendo investigadas pela Câmara, como a de "assessorias" por exemplo.
Tem tanto documento comprobatório que está difícil elaborar uma defesa administrativa para o atual gestor, e a condenação deve ser sumária na justiça quando o promotor entrar com as ações, e na Câmara, os vereadores terão que ter muito juízo para não correrem o risco de prevaricação.
O segundo motivo refere-se ao número de pré-candidatos que já estão atuantes e expressando suas ideias publicamente, por meio de notas, vídeos e lives. A maioria destes com um pensamento conservador e oposto ao “Tucanismo” acentuado do atual gestor.
Por fim o terceiro motivo talvez seja o mais notável, é a participação popular nas redes sociais, isso foi verificado na eleição de 2018 e está sendo ratificado agora mais intensamente.
O voto esse ano terá um peso maior, por razão dos próximos representantes decidirem sobre a instauração ou não de CPIs para revisar e se preciso for investigar os inúmeros contratos sem licitação que os municípios fizeram. Espero que os cidadãos continuem com essa louvável atitude de fiscalizar, cobrar e buscar a verdade, até porque em ano de “Covidão” toda vigilância é pouca.
Leia o documento da ação do Ministério Público na íntegra no PDF abaixo.
Por Jhônatas Gabriel