A operação Helieia foi executada com apoio do Garras (Grupo de Repressão a Roubos e Sequestros), da capital. As investigações começaram com o sequestro de um funcionário da prefeitura da cidade, no final de janeiro, em Três Lagoas. A Polícia Civil identificou todos os envolvidos e confirmou a hipótese de que se tratava de um “tribunal do crime”, organizado por uma facção criminosa.
Segundo o inquérito conduzido pelo delegado Gabriel Salles, os criminosos tomavam conhecimento de um suposto crime, capturavam o “acusado” e decidiam, depois de apurar a suspeita, se ele merecia a morte.
No caso, se tratava de um suspeito pelo estupro de uma criança. O “réu” escapou da morte porque não haveria confirmação do crime. A vítima sofreu diversos golpes de faca e pancadas na cabeça durante o “julgamento”.
Após a prisão de dois envolvidos no sequestro, a polícia descobriu crimes de homicídios e tráfico de drogas na região de Três Lagoas.
Parte dos acusados está presa em Campo Grande, de onde teria saído a ordem para a execução.
O nome da operação faz referência ao antigo tribunal supremo de Atenas (Grécia), para onde recorriam os cidadãos julgados injustamente por tribunais menores.
FONTE: Difusora Três Lagoas